2015/07/01

Tirar a máscara

O Conselho Europeu considera que o referendo na Grécia viola as regras. Criticam a pergunta que nele é feita. A Alemanha só volta às negociações depois de saber os resultados deste referendo violador, cuja pergunta não faz sentido. Dijsselbloem, uma espécie de Relvas à holandesa, espera, em nome da UE, pelos resultados do referendo. Irregular e criticável. Lamenta-o, lamenta-se. Exibe ar enfadado.
Os gregos insistem na realização do seu referendo, mostram-se mestres no exercício da sua função, clarificam os termos da sua iniciativa, para que não restem dúvidas, expõem-se. De um lado tudo é claro, subtil e categórico, correm-se riscos. Sem máscara.
Do outro lado tudo é obscuro, incompetente, pesadão, autoritário. A tragédia grega, hoje, é isto: a Europa usa a máscara. Que caiu.
Ilegítimas, arrogantes, incompetentes, as autoridades europeias revelaram-se um verdadeiro desastre em todo este processo.
Os povos europeus devem-se perguntar que corja é esta que não foi legitimada pelo voto e que, ainda por cima, lhes custa balúrdios.

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