2015/12/30

Casa Júlia

"Os agressores, raramente são psicopatas. Não é esse o padrão mais comum. São, normalmente, homens criados em meios sociais de baixa educação, onde o papel da mulher continua a ser de submissão. Estamos a falar de uma questão cultural, ainda que a violência doméstica possa ter lugar em todos os estratos sociais, dos mais pobres e destruturados aos mais ricos e educados. Uma herança de uma sociedade patriarcal e machista, como é a sociedade  portuguesa". As palavras são da representante da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta)  no dia em que a comunicação social anunciava mais uma vítima de violência doméstica: a 29º em 2015. De acordo com o relatório anual da mesma organização, entre 1 de Janeiro e 20 de Novembro, 33 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio. Em 2014, 35 mulheres foram assassinadas por ex-maridos, companheiros ou namorados. Outras sete mulheres foram assassinadas por outros familiares.
Uma verdadeira chaga social e civilizacional, que nos devia envergonhar a todos.
Para combatê-la, foram criados programas, organizações e pontos de apoio (casas abrigo), onde podem ser denunciadas (e protegidas) as vítimas deste verdadeiro flagelo nacional.
Uma delas, é a "Casa Júlia", situada numa esquadra policial de Lisboa, baptizada com o nome de uma dessas mulheres, morta na mesma rua.
Os contactos escritos, para informações ou denúncias, podem ser feitos através do endereço de mail: <casajulia.lisboa@psp.pt> ou, telefonicamente, através dos números: 214161147 e 214161148.
Denunciar a violência doméstica é um dever moral e cívico em qualquer sociedade.               

Sem comentários: