Aparentemente surpreendidos, mas claramente embaraçados, num primeiro tempo até nos mais experimentados dos mascarados se notou um indisfarçável esgar de pânico.
Momentaneamente recompostos, os mascarados tentam agora apanhar e recolocar as máscaras caídas. Mas é aqui que surge a surpresa.
Comentadores, actuais e ex-governantes, moços de recado e jornalistas de turno tentam, em desespero e enquanto mostram finalmente o rosto, recolocar a máscara tombada.
Ouvimos coisas espantosas, ditas com enorme convicção, como esta, por exemplo, de que a coligação de esquerda, vá-se lá saber por que desígnio perverso, se fez para se apoderar do poder ou esta outra supreendente premonição, lançada em registo grave a lembrar um shaman em estado de transe, de que o governo que vai emanar do acordo de esquerda vai governar para as eleições.
Ouvimos coisas espantosas, ditas com enorme convicção, como esta, por exemplo, de que a coligação de esquerda, vá-se lá saber por que desígnio perverso, se fez para se apoderar do poder ou esta outra supreendente premonição, lançada em registo grave a lembrar um shaman em estado de transe, de que o governo que vai emanar do acordo de esquerda vai governar para as eleições.
Ou seja, os mascarados tentam agora colocar as máscaras... nos seus adversários. São eles, eram eles, sempre foram eles, afinal, os mascarados!
Obrigado por estes momentos de stand up comedy, obrigado por esta tentativa de amenizar e de dar um ar "normal" a tudo isto.
Mas não se livram do tautau...
Mas não se livram do tautau...
3 comentários:
A procissão ainda vai no adro. Seguir-se-ão, não necessariamente por esta ordem, a rábula de homem de Belém (dará ou não posse a um governo de esquerda?), o "aggionarmento" dos "dissidentes" no PS, agora que lhes cheira a poder (leia-se negócios), os jornalistas "vira-casacas", que não hesitarão em apoiar o novo governo com o mesmo fervor com que apoiavam o anterior, as ameaças dos patrões e das respectivas confederações, as ameaças dos credores e, não esqueçamos, os famigerados mercados. Esqueci-me de alguma coisa?
Vivemos tempos para recordar, ou, como dizia o outro: "a tradição já não é o que era"...
Alguns desses processos (de recauchutagem, reconversão e separação de lixos) já começaram, mal se percebeu que ia haver mesmo acordo. Até o insuspeito Coelho se declara pronto para chefiar a oposição, marcando assim pontos a Portas e aos restantes submarinos CDS do governo.
A direita não despega. Não é saudável manter este assunto aberto e há que enterrá-lo para sempre...
http://sol.pt/noticia/479824/Direita-prepara-25-de-novembro-#close
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