2012/07/13

Nacionalizar a banca: um acto de higiene pública

Este artigo ou este são dos muitos que abordam a questão do escândalo da manipulação de informação para fixação das taxas de juro levado a cabo pelo banco Barclays. Mais um escândalo envolvendo a banca.
Para onde quer que nos viremos não vemos senão isto: escândalos envolvendo bancos e banqueiros, dos quais podem resultar os tais "efeitos sistémicos", para cuja prevenção ou tratamento os Estados (os contribuintes) têm de entrar com somas astronómicas de dinheiro. Quando esse dinheiro não existe os Estados pedem-no aos fundos internacionais dominados pela... banca. Depois damos conta de casos como este da Libor, em que a banca manipula as taxas de juro com implicações, ainda por avaliar na totalidade, na crise das dívidas soberanas.
Este é um caso em que se soube o que se estava a passar. Mas o fenómeno é certamente generalizado e suspeito mesmo que o fundamentalismo de certos países, lá mais para norte, seja uma forma de praticar aquela moral cínica de que eles também e tão bem são capazes. Haverá certamente por lá casos que convém disfarçar, apontando o pecado aos outros. Relembre-se o que se passou na insuspeita, ecológica e democrática Islândia, o nível a que o escândalo chegou.
A crise portuguesa —repetem-nos incessantemente os governos desde o tempo de Sócrates até agora— tem uma componente "internacional" que condiciona e limita a actuação do governo. Mas, esta componente "internacional" resulta, sobretudo, de um esquema brutal de vigarice montado pelos bancos, como se tem vindo a observar desde que o Lehman Brothers foi obrigado a fechar a loja.
Pois é, a "crise" em Portugal tem duas componentes, uma nacional e outra internacional. Vigarice é a palavra que as une, e em ambos os casos é a banca que está envolvida.
Qualquer política estrutural, quaisquer medidas "estruturantes", venham elas da troika ou do governo, que não vise acabar com a vigarice dos bancos é, ela própria, uma vigarice. É poeira para os olhos.
A banca é, directa ou indirectamente, a mãe de todas as "crises". Acabar com ela e com os seus agentes é um acto de higiene social. Enquanto este acto não for praticado vamos ter sempre mais do mesmo. Essa é a verdadeira revolução.

2012/07/11

Está encontrada a alternativa para este governo



Como unir os portugueses de bem

Não posso deixar de dar relevo a este texto intitulado "No questions asked," de autoria de João Paulo Batalha, no blogue da Transparência e Integridade Às Claras.  Considero que contém —em formato simples, claro e sucinto— os princípios básicos sobre os quais todos os portugueses de bem se podiam unir, neste momento que grita alto por mudança.
É (mesmo, assim) simples!