2011/10/15
2011/10/13
Passos pré-eleitoral
Prometo publicar aqui, semanalmente, estas promessas pré-eleitorais do actual primeiro ministro Passos Coelho até que o actual governo cesse funções. Socorro-me de um trabalho publicado no excelente blog "Democracia em Portugal?".
Infelizmente, a maior parte das vezes, a memória é curta e a tolerância para com a falta de palavra tornou-se um hábito. Pelo meu lado, não vou deixar que tudo isto caia no esquecimento. Ora recordem lá o que disse o senhor dos Passos...
"Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."
"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."
"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."
"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."
"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."
"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."
"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."
"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."
"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."
"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."
"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."
"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."
"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."
"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."
"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."
"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."
"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."
"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota."
"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."
"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."
"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"
Infelizmente, a maior parte das vezes, a memória é curta e a tolerância para com a falta de palavra tornou-se um hábito. Pelo meu lado, não vou deixar que tudo isto caia no esquecimento. Ora recordem lá o que disse o senhor dos Passos...
"Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."
"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."
"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."
"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."
"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."
"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."
"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."
"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."
"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."
"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."
"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."
"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."
"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."
"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."
"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."
"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."
"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."
"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota."
"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."
"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."
"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"
A peste bancária
A Nature, segundo dizem os jornais de hoje (veja aqui, aqui, aqui e aqui, por exemplo), dá conta da reconstrução do genoma de uma bactéria, a Yersinia pestis, responsável pela peste negra e origem dos surtos modernos da doença. Para os mais destemidos, aqui está o estudo original.
Em meados do século XIV, a peste matou 20 a 50% (vinte a cinquenta por cento!) da população europeia. Números redondos: cerca de 50 milhões de pessoas, durante um período de menos de 10 anos.
A peste bancária pode matar mais. Esperemos que o genoma desta nova bactéria não demore 700 anos a reconstruir. Dia 15 vamos fazer pesquisa...
Em meados do século XIV, a peste matou 20 a 50% (vinte a cinquenta por cento!) da população europeia. Números redondos: cerca de 50 milhões de pessoas, durante um período de menos de 10 anos.
A peste bancária pode matar mais. Esperemos que o genoma desta nova bactéria não demore 700 anos a reconstruir. Dia 15 vamos fazer pesquisa...
2011/10/11
Falta a vontade...
A crónica do José Vítor Malheiros hoje no Público é leitura obrigatória. Continua a haver gente determinada em expor e desmontar, com grande talento, o gigantesco embuste em que vivemos hoje e continua a haver gente sem vontade de o ver e de actuar para castigar duramente os artífices desse embuste.
Parece que estamos todos envolvidos num colossal número de alucinação colectiva, uma novidade da indústria de entretenimento a que podemos chamar ilusionismo social.
Falta a vontade... mas não se diga que faltam os meios!
Parece que estamos todos envolvidos num colossal número de alucinação colectiva, uma novidade da indústria de entretenimento a que podemos chamar ilusionismo social.
Falta a vontade... mas não se diga que faltam os meios!
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