2016/10/06

Inequívoca



...A eleição de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas, após um processo que nunca deixou dúvidas, pese o aparecimento de uma candidata "fora de borda", na última semana de votações. De longe, a melhor prestação de todos os candidatos na fase preliminar, em foi submetido às questões de um painel de jurados e da Assembleia Geral das Nações Unidas: no conhecimento dos "dossiers", na análise das questões internacionais e nas línguas faladas, em que respondeu directamente às questões postas pela assistência. Uma verdadeira "sabatina", na clareza das ideias e propostas apresentadas, na competência técnica demonstrada e no entusiasmo posto em todas as respostas. Sou insuspeito, dado não ter sido um político que me tenha agradado particularmente durante o período da sua governação, mas que reconheço ter feito um bom lugar como Alto Comissário das Nações Unidas, certamente o trampolim decisivo para este novo cargo.
Resta, agora, aguardar pelo próximo mês de Janeiro, quando iniciará oficialmente as suas funções, num Mundo onde a guerra, a fome, as desigualdades sociais, os problemas climatéricos, o terrorismo e a questão dos refugiados, serão as principais questões com que terá de lidar.
Para já, regozijemo-nos com esta vitória, que é boa para Guterres, para Portugal e para a Europa. As Nações Unidas fizeram uma óptima escolha, já que um bom secretário-geral poderá trazer um novo "élan" a um organismo que já conheceu melhores dias.