2008/01/19

Língua de trapos

Ainda a propósito da Língua Portuguesa, o Público de ontem noticiava que um estudo do Letrário (uma equipa de consultoria em língua portuguesa e estrangeira) tinha descoberto falhas graves no uso da língua portuguesa em livros infantis. Em livros infantis!
Para quem não tenha lido o artigo, reproduzo alguns dos erros detectados.
- [...] como se tivesse diante de uma tumba
- Quem mais me preocupa é o meio campo
- O Esperto é que [...] reparava para o caminho
- [...] teria de aguardar maior tempo

E isto constitui apenas uma parte das falhas detectadas. O Letrário, como refere o artigo, assinalou ainda outras como "incoerências gráficas, aberturas de parágrafos deficientes, irregularidades no uso das maiúsculas."
Não se pense que isto ocorre apenas com editoras pequenas e sem grande cartel. Foram indentificados erros em livros editados por um conjunto sonante de editoras que inclui a Campo das Letras, Oficina do Livro, Verbo, Gradiva, D. Quixote, Assírio & Alvim, Porto Editora, Texto Editores, Guimarães, Bertrand, Terramar, Relógio d'Água e Caminho, entre outras.
Antigamente havia bonecos de trapos para brincar. Hoje as crianças brincam com a língua de trapos.
Assim, de pequenino é que se vai torcendo o pepino, pois então!

2008/01/16

Ainda a propósito do Turismo Infinito

De uma entrevista a Ricardo Pais, incluída no programa deste espetáculo, retiro o seguinte excerto:
"(...) Quando ouvimos Pessoa em português é triunfante! Bernardo Soares fala da sintaxe como uma questão patriótica e é como se viesse ao encontro daquilo de que sempre esperei que o teatro fosse o principal portador: a bandeira da fala. Com as mensagens SMS reduzidas a imbecilidades juvenis, com os anglicismos de pacotilha do paleio gestionário, com o péssimo português que se fala na televisão, com a falta de um referente normativo, a língua tornou-se para nós uma questão ética."
Poderia ser a metáfora de um programa de acção para a reforma de Portugal, neste ano de graça de 2008...

2008/01/15

Know How

Eu não sei se Zita Seabra é doutora, como lhe chamou Fátima Ferreira no programa "Prós & Contras" de ontem. Mas, engenheira, deve ser certamente. A avaliar pelo conhecimento mostrado em localizações de aeroportos...

2008/01/14

656

Seiscentos e cinquenta e seis é o número de "baldes" existentes nas celas das prisões portuguesas.
Ainda bem que conseguiram quantificá-los. Teriam sido os inspectores da ASAE?
Desta forma ficámos a saber que nem todos "cagam de poleiro". Mesmo nas prisões portuguesas há classes.