2012/05/10

Keep on going

"Sobre este caso em particular não tenho ideia de ter recebido qualquer informação particular, e disso não resultou qualquer interacção da minha parte" (Miguel Relvas, Ministro dos Assuntos Parlamentares)

2012/05/08

A Dívida



CATASTROIKA - Multilingual por infowar  Mais do que pagar ou não a Dívida, importa saber que Dívida devemos pagar, uma vez que nem toda a Dívida é da responsabilidade dos cidadãos dos países intervencionados, entre os quais Portugal. Este é o objectivo central do "Movimento da Democracia Participativa" que, em colaboração com a "Iniciativa por uma Auditoria Cidadã" e o CIDAC, levaram a cabo uma acção de formação no passado fim-de-semana. Entre os oradores, estiveram os economistas João Romão (A crise actual), José Maria Castro Caldas (O que é a Dívida?), Sara Rocha (A dívida portuguesa - casos específicos) e o sociólogo Guilherme da Fonseca Statter (A dívida portuguesa - a ratoeira da dívida), para além de Martins Gurreiro (O papel dos cidadãos) que na sua intervenção falou da criação deste movimento e o processo em curso. A anteceder as comunicações, João Camargo, representante português no fórum internacional dos movimentos de auditoria cidadã, apresentou o último filme da dupla Aris Chatzistafenou e Katerina Kitidi (autores de "dividocracia") que, nesta produção, abordam a estratégia da intervenção neo-liberal em diversos países e continentes.

2012/05/06

Tempos interessantes

A França e a Grécia votaram este fim-de-semana de acordo com as sondagens: Em França, com uma vitória do candidato de esquerda (François Hollande), ainda que com uma margem inferior à projectada nos últimos dias (52%); na Grécia, com a derrota dos partidos tradicionais (Nova Democracia e PASOK), que têm agora, em conjunto, pouco mais de 42% dos votos. Se a vitória do candidato socialista francês, em função dos anti-corpos gerados pelas políticas internas de Sarkozy, era esperada e desejada na Europa; a pulverização do quadro eleitoral grego, onde 60% dos votantes (à esquerda e à direita) votaram contra o "status quo", apresenta mais problemas que soluções. Se há um ponto comum entre estes dois resultados, este é o da rejeição das políticas de austeridade que atingem a maior parte dos países europeus. E agora? Não é certo que Hollande (de quem se conhece pouco) consiga impôr as ideias anunciadas em campanha. Pesem as "boas intenções", sabemos todos que os líderes políticos tendem rapidamente a esquecer as suas promessas quando chegam ao poder. Não será muito diferente desta vez. Já na Grécia, a chegada ao parlamento de partidos como o Syriza (coligação de esquerda), o segundo mais votado nestas eleições (16%), mostra que os gregos deixaram de acreditar nos dois partidos que, em alternância, governaram e arrastaram a Grécia para a situação em que este país se encontra. Resta saber se a influência da extrema-direita, pela primeira vez representada no parlamento grego, será um factor de destabilização, agora que a representação partidária está dividida por dez partidos. Uma coisa parece certa, nada será como dantes: nem em França, nem na Grécia. O que se passou este domingo nos dois países, irá certamente provocar "ondas de choque" em toda a Europa. Todos esperamos, agora, que seja a boa onda...