A Mauritshuis é, de há muito, um dos mais famosos museus de arte na Holanda. O Museu alberga o Gabinete Real de Pintura, constituido por 841 objectos, sendo a maior parte pinturas da Idade de Ouro da pintura holandesa.
As colecções contêm trabalhos de Johannes Vermeer, Rembrandt van Rijn, Jan Steen, Paulus Potter, Frans Halls, Jacob van Ruysdael, Hans Holbein, para além de muitos outros.
Originalmente, o edifício foi a residência do Conde John Maurice de Nassau. Actualmente é propriedade do governo da Holanda e está incluído nos 100 lugares de Herança Histórica Holandesa. Em 1822, a Mauritshuis abriu ao público para alojar o Gabinete Real de Pintura e o Gabinete Real de Raridades. Em 1875, o Museu tornar-se-ia disponível para pintura, tendo sido privatizado em 1995. Em 2007, o Museu anunciou o seu desejo de expandir e, em 2010, foi apresentado o "design" definitivo para as futuras instalações. A renovação iniciou-se em 2012, o que obrigou a um encerramento temporário do Museu, tendo ficado concluida em 2014. Durante a renovação, mais de 100 pinturas foram temporariamente transportadas para o GemeenteMuseum da cidade. Cerca de 50 outras pinturas, incluindo a famosa "Rapariga com o Brinco de Pérola" de Vermeer (provavelmente, a mais famosa peça do Museu), foram emprestadas para os Estados Unidos e Japão, onde estiveram expostas.
O Museu seria reaberto em 27 de Junho de 2014, ocupando agora uma área que quase duplica a original e que liga dois edifícios, através de uma galeria subterrânea, onde estão instaladas as bilheteira, vestiário, loja do Museu e outros apoios. Um elevador transparente liga os diversos andares, que podem ser visitados aleatoriamente, dado que estão ligados por uma escadaria central que atravessa todo o edifício. Graças ao mecenato, o Museu adquiriu recentemente 10 novas peças representativas do período clássico e contemporâneo, entre os quais devem ser destacados quadros de Rembrandt, Karel Appel e uma escultura de Picasso. Muitos destes quadros pertenciam a particulares e organismos vários que o estado holandês, numa meritória iniciativa, adquiriu para enriquecer a colecção do Museu.
É difícil destacar as obras que mais admiramos e que sempre nos surpreendem a cada visita. Que mais pode ser dito sobre obras como "A lição de anatomia do Dr. Nicolaas Tulp" (Rembrandt), "Vista de Delft" (J. Vermeer), "The Young Bull" (Paulus Potter) "Laughing Boy" (Frans Halls) "Self-Portrait" (Rembrandt), "Night Scene" (Rubens) ou a "Rapariga do Brinco de Pérola" (Vermeer), para citar alguns dos mais famosos?
Uma revelação permanente, a Mauritshuis, na melhor tradição holandesa de museus e de pintura, ao qual regressamos sempre, com redobrado prazer.