2009/01/20

A América de novo na ofensiva...

Não consigo encontrar uma fragilidade no discurso de Obama. Diria antes que depois dele se tornou mais fácil encontrarmos as fragilidades dos discursos dos outros líderes mundiais. 
Os líderes da UE, dos países árabes, da Rússia, dos chamados países das economias emergentes, de todos os países, amigos e inimigos da América, todos eles acomodados em discursos afinados para um diapasão que hoje se extinguiu definitivamente, vão ter de arranjar novos tópicos para a sua oratória. 
Muita gente sublinha o facto de que quando passar a crise os velhos paradigmas vão ter de mudar e o mundo não vai ser o mesmo. Já não é, pelo que ouvimos. Vamos é ver, continuando a metáfora musical, quem vai conseguir definir o novo Lá de concerto...
Como nota lateral, devo confessar que quase tive pena do Bush. A organização desta tomada de posse esqueceu-se de lhe arranjar ali um buraco por onde ele se pudesse enfiar... Teria sido mais digno.

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo.
De realçar o facto de ter mencionado todas as religiões e se ter referido igualmente aos "non believers". Parece ser uma grande derrota dos fundamentalistas de *todos* os credos...
E depois há a apologia da ciência que tão arredada tem andado do discurso oficial.
Grande Obama!

Rui Mota disse...

Penso que ainda é cedo para extrair conclusões. A nota mais positiva residiu, quanto a mim, numa linguagem menos belicista e mais pragmática, relativamente à política externa. Para nós, não-americanos, essa vai ser a "pedra de toque" da sua orientação. Também a questão do ambiente me pareceu importante.
Sobre o Bush, a SICN mostrou um extracto do "talkshow" do Letterman, onde este passou em revista as 10 melhores "gaffes" do homem. Um "must"!