2025/03/06

Abanar a cauda...

Ainda nem uma semana passou sobre o polémico episódio da Sala Oval (em que Trump e Vance, "humilharam" Zelensky) e já as peças do dominó estratégico ocidental, começaram a cair. As coisas nem sempre são o que parecem e, aparentemente, a realidade começa a impôr-se no continente europeu. 

Entretanto, Zelensky (que acaba de entregar o ouro ao bandido) está a prazo, mas toda a gente diz querer defendê-lo, mesmo quando a Ucrânia já perdeu a guerra. 

Percebe-se: é cada vez mais difícil à "troika" europeia (Van der Leyen, Costa e Kallas) defender o indefensável, depois de três anos de juras de fidelidade à "causa ocidental", sem que tenham conseguido progressos na frente de combate. Tudo isto, era expectável, a partir do momento em que Biden anunciou, logo nos primeiros dias do conflito, que os EUA não queriam uma guerra com a Rússia, mas "apenas enfraquecê-la". Ou seja, sem um envolvimento dos "aliados" no terreno, a Ucrânia teria poucas possibilidades de suster a ofensiva russa. Está à vista.

E agora? Sem exército, com a economia dos seus principais membros (Alemanha, França e Itália) em crise e sem possibilidades de reconverter o modelo económico actual, numa economia de guerra a curto prazo, os líderes da UE, vieram pedir 800mil milhões de euros aos cidadãos para comprar armas aos americanos! Grande negócio. 

Ou seja: Trump impôs a sua vontade a Zelensky e à Europa (que não conta para nada, a não ser para fazer negócios) enquanto assegura a exploração dos minerais ucranianos. Do outro lado, Putin, ficará com o Donbass e com a Crimeia, ganhando o território ocupado. 

E a Europa? À Europa, resta obedecer e abanar a cauda...