ataque aéreo de Israel perto do Hospital Augusta Victoria
Em Junho de 1967, teve lugar a chamada "guerra dos seis dias".
Socorro-me da Wikipédia:
No final [desta] guerra, o Estado de Israel controlava toda a área que a ONU havia proposto para um estado judeu, bem como quase 60% da área proposta para um estado árabe, incluindo as áreas de Jaffa, Lida e Ramle, a Alta Galileia, algumas partes do Neguev, a costa oeste até a Cidade de Gaza e uma ampla faixa ao longo da estrada Tel Aviv-Jerusalém. Israel também assumiu o controlo de Jerusalém Ocidental, que deveria fazer parte de uma zona internacional para Jerusalém e seus arredores. A Transjordânia assumiu o controlo de Jerusalém Oriental e do que ficou conhecido como Cisjordânia, anexando-a no ano seguinte. O território conhecido hoje como Faixa de Gaza foi ocupado pelo Egipto.
As expulsões de palestinos, que haviam começado durante a guerra civil, continuaram durante a guerra árabe-israelita. Centenas de palestinos foram mortos em múltiplos massacres, como os ocorridos nas expulsões de Lida e Ramle. Esses eventos são conhecidos hoje como Nakba (em árabe, "a catástrofe") e foram o início do problema dos refugiados palestinos. Um número semelhante de judeus mudou-se para Israel durante os três anos seguintes à guerra, incluindo 260 000 que migraram, fugiram ou foram expulsos dos estados árabes vizinhos. (https://en.wikipedia.org/wiki/Six-Day_War#)
Eu tinha acabado de fazer 18 anos e lembro-me bem da reacção de alguns (poucos) amigos e conhecidos da altura, uns quantos, inclusive, que tinham continuado a « estudar », portanto, já na faculdade. Em vésperas, pois, do Maio de 68, da crise académica de 69, do II Congresso de Aveiro, etc., exultavam com a golpada dos israelitas e ficaram em puro êxtase com o "brilho" da operação militar. Tudo isto enquanto se preparavam, caninos, para se irem bater pelo império. Pormenor não menos importante: a imprensa oficial da altura (de um modo geral), em especial a RTP, que já tinha um enorme ascendente sobre a comunicação no país, seguiu este tom laudatório.
Quase 60 anos depois, 51 anos depois do 25A e de, suposta, Democracia, continuamos na mesma.
Convenhamos: algo falhou redondamente.