2025/10/20

Com Burkas e dolos, se enganam os tolos...

Os "cheganos" são uns cómicos.

Mais um não-assunto, levado à votação na Assembleia da República, pelo tele-evangelista de serviço.

É sempre comovente ver fascistas "preocupados" com a emancipação das mulheres muçulmanas, eles que não "mexem uma palha" para criticar a violência de género em Portugal: 22 mulheres assassinadas e 11.900 ocorrências em 2024, uma das maiores percentagens europeias (dados da APAV). 

Também nunca os ouvimos falar dos milhares de imigrantes que, diariamente, dormem nos passeios em frente às instalações da AIMA, enquanto esperam uma senha para regularizar a sua situação. 

Os mesmos imigrantes, a quem é recusada a reunificação familiar, enquanto não obtiverem uma licença de estadia (o que pode demorar anos), mas que, entretanto, trabalham nos mais diversos sectores e descontam para a Segurança Social (3,6 mil milhões de euros em 2024). Descontos esses, que permitem equilibrar as contas e ajudam a pagar as pensões dos portugueses. 

Também nunca os ouvimos criticar a obtenção de "vistos gold", concedidos a estrangeiros ricos, especialidade do tele-evangelista, no tempo em que era um simples fiscalista sem ambições messiânicas.

Uma cambada de hipócritas, os fascistas portugueses do Chega, ou não fossem inspirados pelas seitas evangélicas que os apoiam.

Depois de uma derrota copiosa nas últimas eleições autárquicas, nada como arranjar um "fait-divers" que distraia os portugueses dos seus reais problemas. A (falsa) questão, dos trajes femininos das seguidoras do Islão, foi o argumento encontrado para criar um projecto-lei, que nos defenda da violência terrorista (!?). 

A partir de hoje, esperamos que as "brigadas de costumes", a exemplo dos zelotas de Kabul, intervenham junto das "prevaricadoras" e, já agora, alarguem o controlo aos membros das claques desportivas e aos grupos nazis, especialistas em esconder rostos. Sim, porque nestas coisas, ou há moralidade ou comem todos...