2010/03/07

Os combates de Mário Soares

Os combates de Mário Soares

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6 comentários:

Carlos A. Augusto disse...

Há nisto tudo um traço comum: um cheiro pestilento que invadiu o ambiente há anos e continua agora...
Mários e Marinhos, Sócrates, Almeidas e outros santinhos e anjinhos de coro, tudo isto mete nojo.
Tudo isto que permite ao Almeida Santos afirmar: nada do que está em investigação neste momento vai dar em nada.
Mai' nada!

Rui Mota disse...

Interessante é o "link" do "post" relativo às revelações do Joaquim Vieira na "Grande Reportagem" sobre o "Polvo" (presume-se que o 1º) e a sua posterior demissão...
Mais interessante ainda é sabermos hoje que o livro do Mateus desapareceu no ano em que foi publicado (1996) e que nunca mais foi reeditado. Recentemente, o autor do livro (ao que se julga a residir no estrangeiro) solicitou à Leyla (detentora dos direitos) para fazer uma segunda edição da obra e esta recusou, com o argumento do pouco interesse comercial...
Qualquer semelhança com a realidade é, mais uma vez, coincidência...

Rini Luyks disse...

Além das visitas "interessantes" que Soares recebeu em Belém (Berlusconi, Maxwell, Murdoch, Stanley Ho), podia-se mencionar também a visita que ele próprio como Presidente da República fez ao ex-primeiro ministro Bettino Craxi, fugido da justiça italiana na Tunísia, acusado de ligações à Máfia.
Para quando a versão portuguesa da excelente série italiana "La Piovra"!?

Carlos A. Augusto disse...

Já tenho um título: "Conta-me como é"!

Rui Mota disse...

Rini,
Os portugueses têm muita dificuldade em lidar com a memória. Sempre foi assim. Veja-se a história recente (fascismo, guerra colonial, etc.). O Mário Soares goza de um estatuto duplo: por um lado foi o "combatente da liberdade" (contra o salazarismo e o estalinismo) e, por outro, o "padrinho" que sempre pôs os interesses da "família socialista" acima dos interesses do país. Nesse sentido, o livro do Rui Mateus é exemplar e mostra bem quem era (é?) a "cabeça do polvo". Os principais partidos portugueses mais não são do que agências de emprego e extensões das corporações e seitas várias - desde a Opus Dei à Maçonaria. Num país de analfabetos funcionais e mêdo congénito, a meritocracia nunca foi um valor, mas sim o clientelismo e o proteccionismo dos amigos do partido. Nesse sentido, estamos mais perto de Itália do que da Holanda. Mas, isso já tu sabes...

Rini Luyks disse...

Interessante neste contexto a exposição/instalação do artista Manuel Santos Maia no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira: "Non_extremo do mundo", reflexão sobre o "medo de existir (José Gil) letárgico que nos prende ainda ao vazio e a normalização social. Os problemas com a memória e o passado político, bem como o sentido de pertença a um colectivo ligam os portugueses a uma conflituosa indiferença perante a imagem do seu próprio país."
Até 11 de Abril, acho que vou ver...