Vamos para onde?
- Para a Rua de São Bento, em frente à Assembleia da República.
Vou confirmar aqui no GPS...
- Não é preciso, eu sei o caminho e indico-lhe.
Eu também sei, mas está a mandar-me para o Alvito...
- Isso não faz sentido. Vá pela A5 e, quando chegar às Amoreiras, vire para o Rato. Os GPS indicam sempre as vias principais.
Este é bom. É da Paj e indica os desvios. Os da Google é que não indicam vias alternativas. Isto hoje está tudo entupido. Não sei o que se passa. Antigamente, o trânsito vinha em sentido contrário, mas agora, às 4 da tarde, já está tudo a regressar a Lisboa...
- É natural, cada vez há mais empresas nos arredores de Lisboa e entram 400.000 carros por dia na cidade. A população cresce, mas o centro da cidade, não...
A população cresce porque deixam entrar toda a gente. Não há lugar nos hospitais, nas creches, nas escolas e agora até passam à frente dos portugueses e recebem subsídios...
- Deve estar mal informado. Só tem acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) quem desconta para a Segurança Social. Portanto, quem trabalha e paga impostos tem direito a ser tratado, seja português ou não. O mesmo em relação às escolas. A escolaridade é obrigatória até aos 16 anos. Portanto, todos os menores têm direito à escolaridade. Isso não tem nada a ver com a nacionalidade...
Sim, mas não há lugar nas escolas para toda a gente. Eu conheço pessoas cujos filhos tiveram de mudar de escola, porque deram preferência a estrangeiros.
- Se não tinham lugar naquela escola, tinham noutra. Ninguém fica sem aulas, por não haver lugar numa escola. De qualquer forma, é uma questão de organização e quem tem de organizar o ensino é o estado português, não são os estrangeiros. Que culpa têm eles que não haja lugar nas escolas?
Sim, mas muitos estão ilegais e nem sequer trabalham e recebem subsídios...
- Se estão ilegais, quer dizer que não foram regularizados. Muitos estão à espera de regularização. Sem papéis, não podem trabalhar. Se trabalham e recebem um salário, provavelmente têm um número de Segurança Social e, por isso, têm direito ao SNS, a subsídios em caso de desemprego, etc...
Sim, então e os ciganos? Vivem de subsídios e nunca trabalharam. Nem renda pagam...
- Isso não é verdade. Há cerca de 50.000 ciganos em Portugal e já cá estão há 500 anos. São portugueses. A maior parte deles tem um rendimento, de vendas em feiras, na agricultura...só uma pequena percentagem recebe subsídio, o chamado Rendimento Social de Inserção (RSI). Não é com esse apoio, que anda à volta de 240euros, que uma pessoa pode viver...
Muito mais! Eu já vi nos Correios, uma cigana a receber mais de 1000euros!
- Sim, pode ser. Se for uma família, com vários membros, o chefe de família recebe 242euros, mais 170euros por cada adulto e 121euros por cada menor de 18 anos. No mínimo, 500 euros, para uma família de 3 pessoas...mas, acha mesmo que três pessoas, podem viver com 500 euros? Para além disso, só uma pequena percentagem de ciganos é que recebe o RSI. De acordo com os dados conhecidos, são cerca de 3000 ciganos que recebem o subsídio mínimo. Ou seja, 6% da população cigana!
Sim, mas muitos deles nem renda pagam!
- Não sei. Se não pagam renda nas casas sociais, as câmaras municipais devem ter meios de desalojá-los. É muito fácil. Porque é que não o fazem? Porque não têm solução para o problema da habitação. Não há casas de rendas baratas e, se as pessoas vão para a rua, acabam por construir barracas e viver ilegalmente, o que é muito pior para os municípios. Essa é a questão.
Isso é tudo muito bonito, mas quem se lixa é sempre o "tuga"! Nós somos os prejudicados e quem beneficia são os estrangeiros...
- Essa é a conversa do Ventura, mas nunca vi o Chega apresentar soluções para os problemas. É natural, porque não têm soluções para nada. Só estão interessados em criar divisão entre os portugueses. Se os portugueses não estão contentes com o governo, devem votar melhor da próxima vez. Têm muitos partidos para votar. Não é preciso votar no Ventura.
- Nesse, é que eu não nunca voto!
