2008/04/23

The Big Race

Apesar de esperado, o triunfo de Hillary Clinton na Pensilvânia veio animar uma campanha que, há menos de um mês, dava como quase certa a vitória de Obama nas primárias norte-americanas.
Com 99% dos resultados apurados, a candidata democrata tinha obtido 55% dos votos contra 45% do seu rival, correspondendo a 81 delegados, no total dos 158 lugares em disputa.
As grandes tendências demográficas mantêm-se, com as mulheres, os colarinhos azuis e os seniores brancos a votarem em Hillary; enquanto os negros, os colarinhos brancos e os jovens, continuam a votar Obama.
Para quem pense que Hillary é a candidata com maior apoio financeiro, os números divulgados não mentem: a candidata tem "apenas" $3.8 milhões para gastar, enquanto Obama dispõe de um "budget" de $11, o que nesta fase da corrida pode vir a revelar-se determinante.
Pese o bom momento de Obama, a verdade é que o candidato de Illinois não consegue "descolar" da rival. Para esta aparente contradição, os analistas dão cinco explicações: a "raça" (os americanos não estarão preparados para um presidente negro); a "inexperiência" (o candidato não tem experiência internacional); "os colarinhos azuis" (o candidato não consegue cativar os mais mal pagos); o "reverendo Wright" (as ligações ao pastor racista da sua paróquia) e a "mudança" (que ninguém sabe muito bem o que é).
Resta a opinião dos "super-delegados", que irá ser determinante na escolha do candidato democrata. Para já, a diferença entre delegados obtidos é de 1.719 para Obama, contra 1.591 para Clinton. Irá Hillary a tempo de recuperar?

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