A actual governação da Câmara Muncipal de Lisboa foi, finalmente, dissolvida. Uma boa notícia. Também foram anunciadas as eleições intercalares, que terão de decorrer no prazo de sessenta dias. Até aqui tudo bem.
Curiosamente - ou talvez não - os primeiros candidatos a apresentarem a sua disponibilidade, foram dois "independentes" (o que quer que isso signifique): Carmona Rodrigues, o engenheiro destituido e Helena Roseta, a arquitecta demissionária. Uma confirmação e uma surpresa. Nenhum deles parece ser um "peso pesado" e, sem os aparelhos partidários a apoiá-los, dificilmente conseguirão atingir os seus objectivos. Os partidos de "esquerda" irão, ao que tudo indica, separados e, os da "direita", também. Se, aos nomes conhecidos (Rúben de Carvalho pelo PCP e José Sá Fernandes pelo BE) juntarmos o dos candidatos do PS e do PSD (por anunciar) são já seis os potenciais candidatos. Ainda falta um candidato do CDS e já é conhecida a vontade de Fontão de Carvalho (ex-vereador) e de Manuel Monteiro (PND) em participar no escrutínio. E vão nove! Daqui até ao fim do prazo, para apresentar as candidaturas, mais candidatos reais ou virtuais vão aparecer. É bom haver tanta escolha. Não nos parece que algum deles tenha qualquer hipótese. Quando aparecerem os nomes dos partidos maiores (PS e PSD) perceberemos melhor quem tem mais possibilidades. O problema é que são estes partidos os principais culpados da "bagunça" em que se tornou Lisboa. Os lisboetas têm aqui uma boa oportunidade de inverter o rumo das coisas. Caso isso não aconteça, arriscamo-nos a ter mais do mesmo na martirizada capital do país.
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