Nada como distanciarmo-nos do país, para vermos a "terrinha" em perspectiva.
De visita à Holanda, aproveitei a viagem para levar o meu portátil, a necessitar de reparação urgente. Na pior das hipóteses teria de comprar um novo...
A sugestão foi de amigos (do) MAC que me sugeriram visitar uma oficina em Amsterdão onde, para além de repararem computadores daquela marca, ainda vendem peças usadas em perfeito estado de uso e conservação. Lá fui e a primeira surpresa tive-a com as dimensões e o aspecto da loja: um rés-de-chão de 50m2, onde através de vidros decorados com a famosa "maçã", podíamos ver 4 funcionários a trabalhar em frente a carcaças de MAC´s desmantelados. Um verdadeiro estaleiro. Explicámos ao que íamos (recuperação de ficheiros perdidos e um novo écran) tendo sido informados de que o primeiro problema seria difícil, dependendo do estado do disco rígido; e que o segundo, era simples de resolver. Orçamento: 37 euros pelo teste do disco (diagnóstico) e 350 euros pelo écran (display). Com IVA a 19%, um total de 450 euros. Tempo de entrega: 48 horas. Por comparação: em Portugal levam 80 euros pelo diagnóstico, 700 euros pelo écran e 21% de IVA. Tempo de entrega: 10 dias.
Claro que as "nossas" instalações são melhores: escritórios luxuosos, vidros esfumados impeditivos de ver os interiores, recepcionistas "produzidas" que não percebem minimamente do que estamos a falar e uns "técnicos" sempre ocupados que saem de armazéns fechados a quatro chaves, onde se pode ler "proibida a entrada a estranhos" (não vá alguém descobrir o segredo de arranjos tão caros, quando os nossos trabalhadores ganham tão pouco...).
Dois dias mais tarde, telefonaram-me para casa: podia levantar o computador. Lamentavam não ter podido recuperar os ficheiros, mas tinham colocado um novo écran.
Chegado à loja, a última surpresa: fizeram-me um desconto de 75euros (só teria de pagar 371), pois o écran não era completamente novo e ainda me ofereceram uma protecção almofadada com a insignía da loja: MacRepair.nl.
Chama-se a isto transparência.
11 comentários:
Caríssimos,
apesar da minha história nada ter a ver com o texto do Rui Mota, não resisto a contá-la, achando até que deveria ter grande divulgação na blogosfera. Aqui vai ela:
Mão amiga fez-me chegar há alguns dias uma cópia de uma entrevista dada por Maria de Medeiros no último número da edição francesa da revista "Elle".
Maria de Medeiros, "chanteuse, cinéaste, comédienne", respode assim à pergunta "Que transmettez-vous de votre histoire?". Diz ela:
"- La vigilance contre le fascisme heritée de mes parents, exilés politiques, revenues au Portugal après la révolution(...)".
É obra!! para quem já não se lembra ou para quem ainda não tinha memória nessa época, é bom recordar que o pai da "chanteuse" ocupava, já há algum tempo antes de 74, o cargo de adido cultural na Embaixada de Portugal em Viena (onde fora colocado a pedido, por cunha de um primo muito influente no regime de então, como toda a gente sabia) e mantinha um programa (bastante bom, para a época, diga-se) semanal na então RTP de Ramiro Valadão, sobre a história da música clássica.
Quanto à mãe, basta ter a paciência de pesquisar nos arquivos da então Emissora Nacional...
Haja decoro e, sobretudo, respeito por aqueles que eram, de facto, exilados politicos!!
Depois do desastre cinematográfico que Maria assinou (ou assassinou) sobre o 25 de Abril, mais uma achega notável para a revisão pós moderna da nossa História mais recente!
Obrigado, Maria.
Infelizmente não tenho lido a "Elle", pelo que não me posso pronunciar.
Tá bem, isso é só paleio, ó Rui. Ler a Elle ou não, para o efeito tanto dá. Vá lá homem, você é sempre tão contundente... olhe que esta (que é verdadeira, pois já espreitei a Elle) tem que se lhe diga! Força Rui, com merdas destas não se pode ficar calado. Ou será porque é da Maria de Medeiros que se trata? Nem o estou a conhecer, homem!
Não estou a perceber: não leio a "Elle" e o meu "post" fala da honestidade comercial dos holandeses. Algo aqui me está a escapar! A menos que a Maria de Medeiros utilize um PC...
O problema tratado no comentário do Manoel d'Oliveira não tem de facto nada a ver com o teor do post... Há de facto aqui um lapso qualquer.
Também acho que têm razão. Mas lá que a história é boa, lá isso é! A boca ou trocadilho do PC do Rui Mota é que me parece foleira. Ou esta matéria só diz respeitoa aos PCs? Bom, mas como não é do post, vou-me calar.
Mas lá que a história é boa, lá isso é. Imaginem, por exemplo, o que seria se fosse a Teresa Caeiro a conta uma coisa destas? Bom, mas o post não é este...
Mais um mal-entendido. Eu estava a referir-me aos computadores PCs. Dito de outro modo: o meu "post" SÓ fala de computadores e da assistência aos mesmos em países diferentes.
Já percebi que este blogue tem qualquer coisa contra a Maria de Medeiros ( e já não é a primeira vez ). Mas porquê este vosso desprezo, sobretudo o do Rui Mota? Há qualquer coisa que não entendo e, desculpem lá, mas a desculpa do post é esfarrapada.
Acredito que a história da assistência aos PCs (bom trocadilho, ó Rui, tem que se saber ler nas entrelinhas, como é seu hábito...)é curiosa, mas a Maria de Medeiros? Porquê?
Para que conste, este Blog nao tem nada contra a Maria de Medeiros. Mas, há por aí muita agenda escondida. Eu sei, eu sei!!!!
Ah! Ah! Ah! isto é demais...
Estou completamente em desacordo com o anónimo de 2ª Feira. A Maria de Medeiros é uma grande peneirenta (é este o termo certo) e arrogante e, agora (parece estar na moda...), até foi exilada politica com os papás! É para rir, se não fosse para chorar. Adido cultural em Viena de Aústria exilado politico?? Porra, eu fui (pouco tempo, só 15 meses, entretanto veio o 25 de Abril) e sei bem o que é!
Está ao nivel do filme dela, que alguém já aqui neste blogue (penso que o Rui Mota) classificou de mediocre. É pouco, ainda: é mesmo muito mau.
Quanto o post do Rui Mota, concordo com o Carlos Augusto, mas também estou de acordo com outro anónimo por causa das subtilezas do Rui (o texto, vê-se bem, é uma metáfora muito bem escrita a ironizar com o PC. Então, mas não são só os PCs; e os PSs (ali talvez transfigurados em Macs), os PSDs, etc.,?
Um abraço.
Correcções: eu nunca escrevi sobre Maria de Medeiros ou sobre o seu filme. O único cineasta, sobre quem escrevi neste "blog", foi Ingmar Bergman. Eu uso um MAC e nunca fui (ou serei!) do PS.
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