Esta coisa a que agora assistimos de todos os dias ver "voar" uma caixa multibanco de um tribunal é verdadeiramente hilariante! A "moda" parece ter pegado e eu imagino os diálogos que irão por aí, por esse país fora, em certos círculos...
(O "exemplo" seguinte foi "picado" de uma "descrição" do Capuchinho Vermelho que me mandaram no outro dia... Adapta-se aqui com a devida vénia...)
- Tásse... do gueto ali! E tu... tásse?
- Yah! E atão, q se faz?
- Seca man, não há nada p'ra fazer, 'bora aí sacar uma caixa multibanco?!
- Boa, meu!
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...
- Dasse man, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até ao tribunal, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
Imagino que as noites por esse Portugal fora serão uma grande seca e o pessoal tem que encontrar formas divertidas de passar o tempo...
Perante esta onda de "diversão" que assaltou o País o responsável máximo pela segurança interna diz que entrámos no "primeiro-mundo", o Governo determina o encastramento das ditas caixas nas estruturas dos edifícios e o Presidente da República franze com ar digno o sobrolho e, em tom grave, manifesta-se preocupado com o aumento da criminalidade.
Com respostas imaginativas e preocupações consequentes como estas que vamos vendo, o verão lá vai passando, plácido, com o espaço aéreo desanuviado e --teremos forçosamente de ser levados a reconhecê-lo-- com o programa Novas Oportunidades em pleno funcionamento, mesmo no Verão!!
Esperem pela rentrée...!
4 comentários:
A (nova) oportunidade faz o ladrão!
Ahaha! Boa, boa! A pergunta que se coloca então é: quem é o ladrão? O que roubou ou "fez" a oportunidade...?
Parece que uma das razões que explicam esta "onda" de assaltos tem a ver com a alteração ao Código Penal que permitiu a libertação de muitos detidos em prisão preventiva. Como os arguidos não tiveram a oportunidade de seguir os "novos" cursos, utilizaram os "conhecimentos" que já possuíam. Ma, há outras razões, como sabemos. O Baptista-Bastos escreveu uma excelente crónica sobre o tema, com o título "Pobre país, nação doente" no "Sorumbático". Recomenda-se.
O texto referido pelo RM está aqui.
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