2008/08/19

Ó Vanessa, não caias nessa!

Há um caso nesta representação olímpica portuguesa que merece um comentário especial. Trata-se da jovem Vanessa Fernandes. Cativou-nos a todos pela sua tenacidade e pelas suas qualidades desportivas. Cativou-nos a simplicidade, a humildade e até uma certa descontracção. Os peritos viram nela as "caracterísicas genéticas" para o desporto que pratica. O comum dos mortais terá visto tão somente a raça do campeão, a capacidade de concentração, o empenho e a tenacidade para se bater até ao fim, mesmo em circunstâncias totalmente adversas, qualidades que só uma escassa elite parece ser capaz juntar. É desta massa que se fazem os heróis do desporto. É desta massa que se podem extrair os exemplos motivadores e orientadores das gerações futuras.
Pensavámos nós, pensava eu.
Até a ouvir falar ontem dos seus companheiros, parceiros da delegação portuguesa olímpica, atletas como ela, e como ela membros da selecção olímpica. A raça caiu e ficou a desgraça de ter de ouvir a opinião intempestiva, oportunista, totalmente despropositada, ilegítima (a atleta não é "autoridade" olímpica e não tem que mandar palpites sobre assuntos que não são da sua competência). Permanecerá, para todos os efeitos, o eco de uma opinião --seguramente injusta por se tratar de uma generalização abusiva-- que soa a intriguisse feita com linguinha de prata...
Num breve momento o brilho da atleta empalideceu. A Vanessa perdeu uma soberana ocasião para estar calada e mostrou, quiçá, de que massa será afinal, de facto, feita.

1 comentário:

Rui Mota disse...

É mais linguinha viperina...