"1 800 milhões de euros. É este o custo para os contribuintes do maior escândalo financeiro de sempre no país" adverte Paulo Ferreira no editorial do PÚBLICO de hoje, enquanto nota que o Governo e o BdP "ao nacionalizarem o banco, nacionalizaram um 'buraco' que desconheciam."Os valores envolvidos neste escândalo não deixam de fazer tremer um teso como eu quando se lhes aplicam bitolas comparativas, como faz Paulo Ferreira: mais de metade do custo previsto para o novo aeroporto de Alcochete, cerca de 1% de toda a produção portuguesa durante um ano, o orçamento anual do MAI, a verba que a Segurança Social tem durante um ano para pagar os subsídios de desemprego, morte, doença e maternidade...
Esqueçam o Freeport. Este, sim, é o maior escândalo em que este governo está envolvido.
"Como é que se decidiu a solução antes de averiguar qual era a dimensão do problema?" pergunta Paulo Ferreira, que muito justamente acrescenta que este "era um problema que devia ter ficado do lado dos privados, dos accionistas (...) e dos clientes."
Opções criminosas fizeram, ao invés, passar o problema para as mãos dos contribuintes portugueses, transformando o BPN num verdadeiro freeport, um autêntico e escandaloso paraíso fiscal. Por mais piruetas de retórica que tentem executar esta é a realidade.
9 comentários:
Rapazes, desculpem lá: eu sou fan incondicional do Alexandre Pinto Monteiro, o nosso Alex, e nunca até agora vi um post dele. Mas que raio! Ele está nos autores deste blogue só porque é bonito e charmoso, ou é também para mandar uns posts de vez em quando? Vá lá, estou ansiosa...
Alex borracho, escreve qualquer coisa.
Um beijão da Laura
PS - a não ser, como por aí já ouvi falar, que o nosso Alex seja agora um indefectível PS socrático. Será verdade? No lo creo!!
Lamento, mas há posts do Alexandre. É só pesquisar no arquivo. Não são muitos, mas são bons!
Vá lá "borracho", escreve à Laura...
Á ganda Alex!!
A conclusão que tiro é que o Governo já não precisa da minha contribuição à Segurança Social de profissional intermitente precário.
Tem tanto dinheiro para tapar buracos...
Desculpem, mas vou retomar o tema Alex. Diz o Carlos Augusto que o grande Alex já escreveu alguns posts, e dos bons. Quais? É possivel indicar e ainda lê-los. É que sou uma grande admiradora do "nosso" homem Alex Pinto Monteiro e gosto sempre de tudo (de tudo!) o dali vem.
Da vossa amiga e leitora e "velha" apaixonada do Alex, um grande beijão, Laura
É realmente muito injusto que sejamos nós todos, contribuintes, a ter de ir safar os meliantes responsáveis pela crise.
Este caso é daqules que ainda doem mais, visto que são muitas as dúvidas sobre se de facto foi uma medida acertada o Estado intervir em vez de deixar funcionar o mercado e deixar falir o banco. Eu, como o Carlos, sou desta segunda opinião.
Mas o mais grave é a necessidade que os governos mundiais sentiram de acorrer aos outros bancos, os bancos ditos "sãos". Porque essa intervenção se prende com a própria estrutura (ou conceito base, se se quiser) do sistema. Isto é, está-se a tentar safar o sistema de crédito, porque se não fosse isso o próprio sistema (capitalista) colapsaria; com consequências dramáticas imediatas para toda a humanidade.
A pergunta agora é: mas terá ele safa, apesar destas aspirinas?
A ver se Obama, que demonstrou uma excelente capacidade de leitura das coisas no seu discurso de tomada de posse, consegue liderar um sistema de reformas profundas, a sua proclamada (umas 7 ou 8 vezes) "nova era".
Como eu já aqui afirmei, o pior ainda está para vir.
Não devemos ter demasiadas esperanças no Obama. Desde logo, porque ele não é nenhum "messias" e, depois, porque é um produto do sistema. Não esqueçamos que, dos candidatos democratas, foi aquele que teve maiores apoios
financeiros (mais do que a própria Hillary Clinton) e entre os seus principais apoiantes estão corporações como a Stanley Morgan, uma das principais especuladoras da bolsa e que esteve na origem da alta dos preços do petróleo do último Verão. Como diria o Scorsese, "All good fellas".
Daqui a um ano falamos...
Anónima Laura: é ir ao arquivo! Está lá tudo. É preciso é ir mesmo lá...
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