2009/04/29

A gripe da economia

Não tenho nada contra nenhum economista ou gestor em particular, mas tenho tudo contra os economistas e gestores em geral. Quando os ouço a fazer previsões, então, dá-me logo vontade de puxar do revólver!
Ouvi-los debitar diariamente banalidade atrás de banalidade, com aquele ar irritante de quem sabe algo que a gente não sabe é coisa que me deixa doente.
Já estou como o outro, read my lips: as "previsões", interpretações e explicações para a "crise" que se vão descobrindo por aí têm um denominador comum, o da sua total falta de credibilidade! Bem podem os gestores, doutos economistas e "analistas" da economia exibir estatísticas, mostrar-nos muitos gráfico, citar prémios Nobel. O mundo está como está por vossa causa, por causa do falhanço total da vossa "ciência" e por causa da vossa ganância.
E não vai melhorar com os vossos exercícios miseráveis de hipocrisia...
As previsões que fazem e os cenários que pintam agora são tão credíveis como os cenários que terão sido traçados antes, que conduziram à actual situação de catástrofe mundial.
Imagino o que seria do mundo se os médicos epidemiologistas falhassem nas previsões e nas medidas para controlo da gripe dos porcos como os economistas e gestores falharam e falham em relação à epidemia da economia.
Arrisco mesmo dizer que sei muito bem em que porcos é que se desenvolveu a estirpe de vírus que provocou esta pandemia fulminante, esta gripe da economia mundial, de que todos estamos a padecer, aguardando com impaciência crescente por ver a vacina ao fundo do túnel...

3 comentários:

Nuno Finote disse...

A propósito do tema, deixei hoje num fórum da minha universidade (Gestão ;-)...):
"O consumidor Português típico é pouco racional, e não vai mudar assim de repente. Nos índices de número de automóveis por habitante, de telemóveis, de refeições em restaurantes, estamos verdadeiramente entre os melhores, em oposição a índices como a (i)literacia, o nível de vida, ou a qualidade dos gestores. É claro que os desempregados que aparecem diariamente não serão grandes consumidores, e o cenário é negro, mas à medida que a economia recomeçar o crescimento, seremos rápidos no regresso aos velhos costumes.

Arrisco considerar que não há incerteza, porque antes não era e certeza a comandar, mas a ignorância. É o medo, e não a incerteza, que se está a manifestar. É esta uma oportunidade de ouro para os gestores, economistas, e outros estudiosos deste problema, repensarem toda esta estrutura que parece desabar todos os dias."

Carlos A. Augusto disse...

Nuno, ainda a propósito deste tema lê pf também este post que escrevi aqui no Face há uns tempos.

Unknown disse...

Pois concordo...