2009/05/07

A CIP quer-se fazer ouvir

O presidente da CIP defende uma coligação. É uma das "medidas" preconizadas para vencer a "crise" e faz parte de um conjunto que consta de um documento apresentado publicamente hoje que vai ser posteriormente entregue ao governo.
Para justificar a coligação, Van Zeller diz estarmos perante uma posição de "abuso de posição dominante" por parte do governo da maioria. Bloco central, ou outra qualquer solução, apressa-se a esclarecer, para dissipar dúvidas osbre se está ou não a fazer política. Porque a CIP, alerta, não é um orgão político... Sabendo que defendeu recentemente uma solução de bloco central e tendo em conta que, como ele diz, "talvez uma coligação transmitisse melhor as nossas preocupações e talvez nos fizéssemos ouvir melhor", é fácil perceber que tipo de coligação o presidente da CIP tem em mente.
Não está certamente a defender uma coligação PS-Verdes...
Ou seja, contra uma solução governativa a solo, prepotente, a CIP vê com bons olhos uma outra solução governativa baseada na mesma maioria abusadora, que agora nos governa, retocada por uma minoria totalmente incompetente, inoperante, que falhou totalmente o simples exercício do seu papel como oposição.
Aqui está o melhor que os capitães da indústria portuguesa conseguem produzir para melhor se fazerem ouvir. É aliás um belo enquadramento para o resto das sessenta propostas da CIP e revela a sua visão e noção de responsabilidade social.
E a avaliar pelo ar solene e pomposo da apresentação, pretendem ser levados a sério...

2 comentários:

Rui Mota disse...

Percebe-se a preocupação de Van Zeller e dos associados da CIP. Com o fim da maioria absoluta do PS, os "empresários" portugueses não terão o estado protector que eles tanto dizem abominar. É preciso, portanto, garantir a manutenção do "bloco central de interesses", única forma do negócio prosperar. O que é fantástico nesta gente é querem curar o mal gerado sem mudar de modelo. Ainda não perceberam que os tempos mudaram...

Rui Mota disse...

errata: quererem em vez de querem...