Se dúvidas houvesse sobre para que lado pende o poder americano, seja qual for, na questão da Palestina, basta ver o acolhimento dado ao Netanyahu no congresso americano, ontem e o desvelo com que foi saudado. Dir-se-ia que uma vasta maioria aplaudiu o facínora de pé.
Bastante significativo o desplante dele ao criticar os pouquíssimos congressistas que tiveram a coragem de se manifestar contra o carniceiro de Telavive, exibindo pequenos cartazes com o título que afinal lhe assenta melhor: war criminal. Sabe-se também que 70% dos israelitas o quer fora do poder e muitos acham que esta visita ficou aquém das expectativas, no que respeita à situação dos sequestrados.
E para quem tenha ilusões sobre a próxima eleição dos gringos e ao que a Kamala vem, saibam os mais incautos que não deixa de ser particularmente significativo que ela se tenha apressado a manifestar ontem contra manifestantes que tiveram coragem de chamar a Netanyahu o que ele é: um criminoso de guerra. Hoje, para completar o ramalhete, houve encontro entre ela e o nazi israelita (também com Biden e Trump). Diz ela que não ficará em silêncio perante o que se passa em Gaza. O que raio quererá isto dizer? Vai-se juntar aos manifestantes pró-Palestina a quem hoje ralhou?
Por cá, faz dó ver alguns portugueses a vibrar com a nova candidata, como se se tratasse de política local e a Kamala fosse a nova Wonder Woman.
Basta!
1 comentário:
A criatura foi bajular o criador (ou é o contrário?).
Independentemente do que vier a acontecer nas eleições americanas, a defesa do "império" (e dos seus aliados) vai continuar com qualquer dos candidatos. No fundo, o "carniceiro" de Telavive, foi apenas ganhar tempo e pedir apoio para continuar o genocídio em curso, prometendo novas "rondas de negociações", que mais não são do que o adiamento "sine-die" de um problema que ele não quer ver resolvido.
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