Parece que metade do público terá abandonado a sala a meio da estreia da ópera "Das Märchen" de Emmanuel Nunes. Pelo menos assistiram a meia ópera uma vez na vida! E, se calhar, um dia ainda vão meter isso no currículo...
As opiniões sobre a ópera e o compositor dividem-se entre o medíocre e o genial. Como metade da assistência (há quem afirme que foram 2/3) saíu a meio, os que ficaram, acharam genial.
Todas as generalizações são abusivas como dizia esse grande Marxista chamado Groucho! Incluíndo esta... Nem medíocre, nem genial, provavelmente. Nem o epítome da ópera, nem o fim e o princípio da música portuguesa. Das Märchen é apenas mais uma obra, de um género pobremente cultivado em Portugal, país onde a música é tratada abaixo de cão. Tomáramos nós ter capacidade para produzir uma ópera por ano. Termos compositores, salas, promotores e público educado para termos uma estreia por ano! Das Märchen é apenas uma obra de um compositor português (que deve pouco ao país...), de um género e de uma dimensão que são o pão nosso de cada dia em qualquer sítio civilizado do mundo, mas que aqui ainda geram estas espantosas "polémicas". Havia de calhar a este levar com toda esta polémica ridícula e estéril... Num país como o nosso (e reporto-me ao retrato que esbocei no post "A figura do Professor") toda este drama cheira a falso e dá vontade rir. É impossível tanta gente saber tanto sobre ópera para, num espaço de tempo tão diminuto, tomar uma decisão tão drástica quanto ridícula! Eles próprios se desmascaram!
Uma rectificação urgente e necessária. A frase "todas as generalizações são abusivas, incluindo esta" não é de Groucho Marx, mas de um outro grande Groucho-Marxista, meu querido amigo do peito (a quem peço desculpa pelo lapso lamentável!) João Pedro Leão. O Groucho de facto já tinha franzido as sobrancelhas e abanado o charuto...
De facto, Nunes não deve nada a Portugal. Pode, ou não gostar-se da sua música, mas a qualidade é internacionalmente reconhecida. Quantos músicos portugueses gozam deste estatuto? Muito poucos: Maria João Pires, Joly Braga Santos e pouco mais... Esta polémica não pode ser separada da saída de Pinamonti que, ao que parece, ainda não foi digerida pela "inteligenzia" lisboeta.
4 comentários:
As opiniões sobre a ópera e o compositor dividem-se entre o medíocre e o genial. Como metade da assistência (há quem afirme que foram 2/3) saíu a meio, os que ficaram, acharam genial.
Todas as generalizações são abusivas como dizia esse grande Marxista chamado Groucho! Incluíndo esta... Nem medíocre, nem genial, provavelmente. Nem o epítome da ópera, nem o fim e o princípio da música portuguesa. Das Märchen é apenas mais uma obra, de um género pobremente cultivado em Portugal, país onde a música é tratada abaixo de cão. Tomáramos nós ter capacidade para produzir uma ópera por ano. Termos compositores, salas, promotores e público educado para termos uma estreia por ano!
Das Märchen é apenas uma obra de um compositor português (que deve pouco ao país...), de um género e de uma dimensão que são o pão nosso de cada dia em qualquer sítio civilizado do mundo, mas que aqui ainda geram estas espantosas "polémicas". Havia de calhar a este levar com toda esta polémica ridícula e estéril...
Num país como o nosso (e reporto-me ao retrato que esbocei no post "A figura do Professor") toda este drama cheira a falso e dá vontade rir. É impossível tanta gente saber tanto sobre ópera para, num espaço de tempo tão diminuto, tomar uma decisão tão drástica quanto ridícula! Eles próprios se desmascaram!
Uma rectificação urgente e necessária. A frase "todas as generalizações são abusivas, incluindo esta" não é de Groucho Marx, mas de um outro grande Groucho-Marxista, meu querido amigo do peito (a quem peço desculpa pelo lapso lamentável!) João Pedro Leão. O Groucho de facto já tinha franzido as sobrancelhas e abanado o charuto...
De facto, Nunes não deve nada a Portugal. Pode, ou não gostar-se da sua música, mas a qualidade é internacionalmente reconhecida. Quantos músicos portugueses gozam deste estatuto? Muito poucos: Maria João Pires, Joly Braga Santos e pouco mais...
Esta polémica não pode ser separada da saída de Pinamonti que, ao que parece, ainda não foi digerida pela "inteligenzia" lisboeta.
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