As recentes revelações do jornal "Público", sobre as alegadas incompatibilidades do deputado Sócrates em 1989, levantam algumas questões fundamentais que convém, desde já, clarificar: estamos perante um ataque do referido matutino ao actual primeiro-ministro, onde vale tudo, desde que o "alvo" a abater seja o "inimigo principal" do engenheiro Belmiro? Estamos perante um mentiroso compulsivo, que não olhou a meios para atingir os seus fins, numa época em que o escrutínio dos políticos era bem mais benévolo? Ou estamos perante uma investigação séria, que deve ser tomada como tal? E, se assim é, porquê Sócrates e não outros?
Mais do que as especulações que possam circular nos "mentideros" políticos e jornalísticos, seria bom que ambas as partes apresentem as "provas" de que dispõem para que estas possam ser avaliadas. Em última análise, alguém deve ter razão e só ganharíamos todos em perceber o que se passou, se é que alguma coisa teve lugar. De outra forma, criou-se mais um "fait-divers" em que o circo lusitano é demasiado fértil. Nada de novo, nesse campo, mas é bom que olhemos para a Lua, em vez de fixarmos a atenção no dedo que para esta aponta...
1 comentário:
E há mais! Um outro facto digno de nota é, creio, a desigualdade no tratamento de mais este caso relativo ao Primeiro Ministro e os casos dos antigos ministros do CDS. Se ambas as matérias são tratadas numa lógica de molhada ou de saraivada de tiros para ver se algum acerta, a perda de perspectiva dos factos e a hierarquia das faltas alegadamente cometidas acentua essa atmosfera de "fait-divers".
A menos que... Não nos queirem deixar ver a Lua e que os dedos apontadores andam numa dança errática mesmo para baralhar o alvo...
Enviar um comentário