Num artigo perturbante intitulado "O declínio inequívoco de Portugal", publicado ontem no Público, Medina Carreira escreve o seguinte:
"Há um notório e crescente mal-estar no nosso país. Apesar do optimismo e das promessas, os salários continuam baixos, as pensões são exíguas, o poder de compra estagna, o desemprego é elevado, a classe média dissolve-se, a pobreza alastra, as desigualdades acentuam-se, as famílias estão pesadamente endividadas, a emigração recomeçou e os temores aumentam. A crise internacional chegou e atingirá alguns com especial violência.
É a mediocridade da economia que temos."
A leitura do resto deste arrasador artigo é obrigatória. O retrato pecará, porventura, por ficar aquém do que verdadeiramente se passa. O artigo é, de resto, um libelo lançado a todos nós, não só aos governos. Até a Medina Carreira...
"O estado da nossa decadência é profundo", diz o fiscalista, mas nem assim se adivinha qualquer reacção séria, mínima que seja, ao que se está a passar. Tudo parece adormecido à medida que o calor se instala.
E ai de nós se Portugal ganha o Euro 2008! E se perde?!
1 comentário:
Mesmo que Portugal ganhasse o Euro, nunca ganharia a Europa. E esse é o único campeonato que interessa.
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