2008/06/07

Outras impressões, outras perguntas

Independentemente da impressão que poderá ter causado a manifestação da passada quinta feira ao Primeiro Ministro, uma pergunta a fazer é: qual a impressão que a manifestação causou à esquerda, ou às esquerdas, nomeadamente, aquela que se reuniu no Teatro da Trindade e que tanto incómodo causou ao partido do governo.
Outra pergunta que nós todos devemos fazer a estas esquerdas, as que foram ao teatro e à outra que não foi, será: se, ao contrário do Primeiro Ministro, ficaram impressionados com os números, qual é o plano que têm para dar um conteúdo a toda esta efervescência? Parece uma ocasião de ouro para avançar com um plano, se é que ele existe.
O pior que poderia acontecer seria ter de gramar os comentários dos que apontam a todas estas manifestações o defeito de não conterem propostas. E ficarmo-nos, sem perguntas, todos apenas pelas impressões...

1 comentário:

Rui Mota disse...

Independentemente do que possa pensar-se de Alegre, a verdade é que as manifestações fora dos aparelhos partidários causam sempre muita efervescência. O PS (embora procure disfarçar) não é excepção. Claro que num partido onde vigora o centralismo democrático (tipo PC) o Alegre já estaria expulso. No PS (noblesse oblige) procura minimizar-se os danos, com declarações alusivas à liberdade de opinião. O pior é que os socráticos nunca criticaram as posições de direita, porque acham que estão a fazer uma política de esquerda.
Como dizia a palavra de ordem dos anos setenta: "de vitória em vitória, até à derrota final..."