2009/01/14

Um monte de sarilhos...

...é o que espera as mulheres portuguesas que venham a casar-se com muçulmanos, na opinião do Cardeal Patriarca de Lisboa que ontem, em sessão pública na Figueira da Foz, aconselhava: "cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde acabam".
Não sei onde é que D. Policarpo foi buscar tais certezas, mas esta declaração de intolerância e proselitismo não fica nada bem a um representante de uma igreja que advoga a tolerância e o diálogo. Para dogmas já bastam os "mullahs" de serviço. Não precisamos de mais em Lisboa.

3 comentários:

Rini Luyks disse...

Mais este episódio triste de um clérigo-mor católico a meter-se em assuntos de relações humanas, que por obrigação de Roma têm de ser literalmente terreno "virgem" para os clérigos (muitas vezes não o são, mas no caso de D. Policarpo podemos estar descansados, suponho).
Faz-me lembrar uma frase na polémica canção "Jezus redt" (de 1974!) do artista holandês Robert Long (era sobre o Papa, mas aplica-se também neste caso): "Hij die door zijn orgaan slechts pist, heeft steeds voor duizenden beslist."
(Caro Rui, ponderar s.f.f. se for sensato traduzir esta frase para os leitores portugueses, pode muito bem constituir motivo para revogação do meu cartão de residência permanente...)

Rui Mota disse...

Rini,
Podes estar descansado que eu não traduzo...

Carlos A. Augusto disse...

Eu imagino o aperto em que não ficaria D. José Policarpo se estivesse então perante um caso de amor entre um católico e um muçulmano... gays!