2009/10/13

A excelência da música

Neste país surdo e avesso à música (sim, sim, avesso à música!), chamo a vossa atenção para o programa "Diga lá Excelência" que dedicou a sua última edição à arte de Orfeu, com uma excelente entrevista a Rui Vieira Nery.
É tão raro ouvir-se falar em música em Portugal que não posso deixar de assinalar o facto.
Coisas importantes que foram ditas naquele cantinho escondido da RTP 2. Quem se interessa pelo tema e não tenha apanhado a versão televisiva deste programa talvez ainda o possa apanhar no site da RTP.

22 comentários:

Rui Mota disse...

A "surdez musical", ou falta de ouvido para a música, é dramática, mas mais dramática ainda é a ausência de meios que estimulem o gosto pela (boa) música. E aí o hiato é tremendo. Como diria o outro, está tudo por fazer. Uma desgraça. Quanta formação musical não poderia ser paga com meia-dúzia de quilómetros de auto-estrada? Talvez uma boa ideia para a Mota-Engil...

Carlos A. Augusto disse...

Ora aí está uma excelente sugestão Rui, sem dúvida!
E gostava de ver os Mota-Engil todos a tocar pífaro no alto de um contentor...

Rini Luyks disse...

Rui Vieira Nery parece cada vez mais uma voz clamante no deserto.
Até a sua fisionomia (barba e cabelos) estão agora a condizer! :)

Carlos A. Augusto disse...

Não estou tão certo de ser uma "voz no deserto". Vamos ver...

Rui Mota disse...

O problema de figuras como Vieira Nery é que acabam por tornar-se um pouco "zarolhos em terra de cegos". Dão opiniões sobre tudo e nada e sobre nada e tudo são chamados a depor, secando (sem o quererem, acredito) tudo à sua volta. Uma espécie de "eucaliptos".
Parece que não há mais ninguém em Portugal a quem possam e devam ser feitas perguntas sobre música e os problemas do sector.
Digo isto, pois conheço bem o personagem em questão e tenho dele a melhor impressão. Mas, às vezes, sinto que ele próprio se deixa envolver em questões que o ultrapassam, criando não poucos embaraços, como é a actual candidatura do Fado a Património Mundial e às celebrações do décimo aniversário de Amália.
Certamente, assunto para um "post", em tempo oportuno.

Anónimo disse...

Deixemos a música, porque não falta quem nos queira dá-la, e vamos ao que interessa:
1. Então a Maité?
2. Então e a votação no BE nas autárquicas?
3. Então e o Sócrates a namorar a direita (vamos ver na constituição do governo...)
4. Então e a selecção?
5. E o cavaco?
Isto sim é que são temas, agora a música...a música morreu! Se não acreditam, vão ver os três estarolas ao Campo Pequeno. Depois falamos...

Carlos A. Augusto disse...

Então "a música morreu" e não falta "quem nos queira dá-la"...? Isso é um bocado tétrico...

Carlos A. Augusto disse...

Quanto aos temas propostos... contraponho com silêncio. Dou-lhe silêncio, não música!

Anónimo disse...

Pois. Mas deve ser só por ser hoje. Dar música é coisa que por aqui não falta. Sobretudo nos seus posts, Carlos Augusto. E, já agora, não leve a vida tão a sério nem tudo tão à letra, homem. A vida são dois dias. E o seu silêncio não é o silêncio dos inocentes.
Mas já o Cage dizia que, mais que o som e o "ruído", era com o silêncio que se dava melhor música. Isto no plano exclusivamente musical. Porque na politica, o silêncio é sempre o apanágio de quem nos quer dar música "totalitária".

Carlos A. Augusto disse...

Um bocado pretensiosa essa conversa ó anónimo...!

Anónimo disse...

Pretenciosa?? Não vejo em quê. Só ser for por ter referido o Cage. Pronteo, tiro o Cage e passo a citar o André Rieu. Acha agora menos pretenciosa, a minha conversa?

Carlos A. Augusto disse...

"Não vejo em quê"... pois é esse justamente o problema.

Anónimo disse...

Carlos Augusto, um copo de modéstia e humildade fazia-lhe bastante bem. Olhe primeiro para si e, se tiver um pretenciosómetro (deve ter, concerteza)utilize-o também consigo. E vai ver que terá uma grande surpresa (por isso, tem-no, mas só o utiliza nos outros).
Sócrates já fez escola...

Carlos A. Augusto disse...

Anónimo: Você ainda não percebeu que eu não o obrigo a ler o Face... Contudo, a minha infinita paciência obriga-me, a mim, a ter que o gramar. Há uma diferença...

Anónimo disse...

Mas alguém o obrigou a ter um blogue? Se é só para se ouvir a si próprio e a um ou dois amigos sempre venerandos, então para quê o blogue? Há coisas que não entendo...
Carlos Augusto, você de facto continua a expôr os seus tiques socráticos: ontem o silêncio, agora o autismo: será você ministreável?

Carlos A. Augusto disse...

Não meu caro, eu ajudei a criar este blogue apenas para poder ter o prazer de ler os seus comentários...
E, confesso-lhe, escrevo aqui sempre na ilusão de encontrar o seu comentário incisivo, apropriado e estimulante. É mesmo só isso.

Anónimo disse...

Não tente ser irónico, coisa para que não tem qualquer habilidade. As suas habilidades são outras. Os seus métodos proto-estalinianos também já estão então desuso. "Porquê tanto ódio, tanta raiva, meu amor?", cantava António Mourão (porra, citar Cage é que nunca mais...).
Eu sei que você construiu este blogue só para me ler, escusa de o repetir. Aliás, os outros bloguistas cripto-autores deste blogue nem sequer existem, são alter-egos seus. Eu próprio, confesso desde já, sou também um alter-ego de Carlos Augusto. De facto, só existe deus, José Mourinho, Saramago e Carlos Augusto. Tudo o resto, incluindo o Caim, uma singela homenagem do prémio nobel a Carlos Augusto, é Carlos Augusto. A própria Manuela Ferreira Leite é Carlos Augusto, disfarçado da Dias Ferreira às terças feiras. Tudo é Carlos Augusto. Por isso, carlosaugustemo-nos. Amen.

Carlos A. Augusto disse...

Estamos de acordo: amen!

Rini Luyks disse...

Este Anónimo devia ser "saramagonizado"!

Rui Mota disse...

Rini,
"saramagonizado" (o que quer que isso seja), parece-me uma boa ideia.

Rini Luyks disse...

Associação de ideias: "carlosaugustemo-nos - amen" - Saramago - Caim - Bíblia - "manual de maus costumes & catálogo de crueldade" (atenção à aliteração) - (saram)agonizante...

Anónimo disse...

CAIIIIIIIIIIIIM! CAIM, CAIM, CAIM, CAIM