Já não faltava termos de viver internamente, impotentes, sob a tirania do discurso do défice. Já não faltava que fossemos tratados como se existisse um "português genérico" capaz, por si só, de ser o causador de todas as catástrofes financeiras de que Portugal é vítima. Já não faltava que fossemos tratados como se depois de termos provocado a derradeira catátrofe financeira nos tivessemos todos pirado para um qualquer paraíso tropical, para beber água de côco e dançar o hula-hula, deixando os virtuosos do sistema aqui a pagar as nossas contas.
Agora tinha de vir o palerma do presidente checo manifestar, no papel de anfitrião, em cerimónia pública e de forma grosseira, a sua "apreensão" pelo défice português.
O Presidente da República Portuguesa ouviu e calou. Devia-lhe ter respondido que isto é um insulto ao povo português, mas que nós não vamos julgar o povo checo por ter dado o poder a um imbecil como o senhor Václav Klaus demonstra ser.
1 comentário:
É verdade, mas, dos EUA, as notícias não são melhores, a avaliar pelas declarações de um ex-técnico do FMI, ontem publicadas, sobre o problema deficitário português.
Entretanto, Portugal vai "ajudar" a Grécia para evitar que os gregos não caiam na bancarrota. Nós que não temos dinheiro para mandar cantar um cego...
Quem não se dá ao respeito e anda sempre de chapéu na mão a pedir batatinhas, é o que lhe acontece. Perde o respeito dos outros. Até do presidente checo...
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