2010/12/13

Morente

O Mundo Flamenco está hoje mais pobre. Morreu Enrique Morente, "cantaor" maior da arte "jonda".
Para quem, como nós, teve o privilégio de vê-lo cantar - a última vez há menos de três meses, durante o recente Festival de Flamenco de Lisboa - o desaparecimento do "maestro", representa o fim de um ciclo de ouro, que conheceu nomes como Camarón de la Isla e Antonio Gadges. A arte "jonda", antiga de séculos, sobreviverá a esta perda, da mesma maneira que sobreviveu à morte de nomes que fizeram a história do Flamenco. Outros se seguirão, certamente, mas nenhum como Morente.
Resta-nos os discos. Vinte e dois no total, numa carreira que teve início em 1967 e que se prolongou até 2008, ano da sua última gravação. Para os amantes da "arte", os títulos "Homenaje a D. Antonio Chacon" (guitarra Pepe Habichuela), "Morente - Sabicas " (guitarra Sabicas), "Omega" com Lagartija Nick (dedicado a Lorca e Leonard Cohen) e "El pequeño reloj" (este com a participação da sua filha Estrella Morente), são indispensáveis. A ouvir com atenção. Arte Flamenca em estado puro. Um clássico.

Sem comentários: