Como vem sendo relatado, de há um ano a esta parte, a intervenção financeira do FMI na Grécia não tem sido propriamente um sucesso. Os "pacotes" impostos (os PEC's gregos) e as "tranches" trimestrais (os empréstimos externos) não chegam para estancar a dívida grega e o consequente endividamento que não pára de crescer. À medida que a dívida cresce, mais empréstimos vão sendo necessários e, por consequência, maior é a dependência grega do exterior. Um ciclo infernal que não tem fim à vista e que levou ontem Papandreou a anunciar que, se a próxima "tranche" não chegar até Junho, o país entrará em bancarrota. Enquanto isso, a Fitch veio baixar o "rating" da Bélgica (que tem uma dívida externa superior à portuguesa) o que coloca o país no grupo das economias em risco, a par da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, os "pigs" de serviço.
Reagindo perante a hipótese da renegociação da dívida grega, o senhor Rompuy (aquele belga com cara de banda desenhada) já veio dizer que renegociar a dívida era pôr o Euro em perigo.
Resta citar Paul Krugman, o nobel de economia, que hoje mesmo reitera a sua opinião de "expert", para nos dizer que Portugal, como a Grécia ou a Irlanda, não tem capacidade de pagar a dívida e que esta deve ser renegociada enquanto é tempo.
Perante este cenário, alguém ainda acredita que vamos resolver os nossos problemas com o programa da "troika" em Portugal?
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