2011/08/12

Brandir ou brandura?

No mesmo dia em que ficamos a saber que vamos ter de pagar mais imposto se queremos acender os candeeiros para não andar aos tropeções à noite pela casa ou ligar o computador para trabalhar (tudo, claro!, em nome da compatibilização do valor do IVA com o que se pratica noutros países da UE), veio a público que o tal desvio de 1,1% do défice se deve, como foi apontado explicitamente pela troika, sobretudo, aos escândalos do buraco negro do BPN e do regabofe orçamental da Região Autónoma da Madeira.
Não seria tempo de as autoridades competentes brandirem as armas de que dispõem para apurar responsabilidades? Não seria tempo de prestar contas? Tribunal de Contas, MP, CSM, para que servem ao certo? Ninguém contribui para aliviar a factura? Será que o Governo está convencido que pode continuar a tapar buracos (no sentido literal e metafórico do termo) agravando indefinidamente a vida dos portugueses? Até quando dá para esticar a corda?
Ou vão os portugueses ficar, como sempre, pelo debate na generalidade no hemiciclo dos cafés, pela piadola imbecil na próxima edição do "Inimigo Público", enfim, pela reacção popular branda do costume?

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