2011/10/13

Passos pré-eleitoral

Prometo publicar aqui, semanalmente, estas promessas pré-eleitorais do actual primeiro ministro Passos Coelho até que o actual governo cesse funções. Socorro-me de um trabalho publicado no excelente blog "Democracia em Portugal?".
Infelizmente, a maior parte das vezes, a memória é curta e a tolerância para com a falta de palavra tornou-se um hábito. Pelo meu lado, não vou deixar que tudo isto caia no esquecimento. Ora recordem lá o que disse o senhor dos Passos...

"Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."


"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."


"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."


"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."


"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."


"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."


"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."


"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."


"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."


"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."


"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."


"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."


"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."


"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."


"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."


"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."


"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."


"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota."


"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."


"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."


"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"

7 comentários:

Cristina disse...

De mentiras andou o país cheio durante seis anos...Quando este governo iniciou funções já estava gasto 70% do orçamento de estado deste ano...
A ninguém agrada medidas destas que todos sabemos serem contraproducentes e péssimas para a economia, contudo andámos a viver á grande e agora é necessário dinheiro imediato...
Falar mal e opinar é o mais fácil, diga então o que sugere que se faça se os cofres do estado estão vazios?

Carlos A. Augusto disse...

"Andámos a viver á grande"... Eu não vivo, nem nunca vivi à grande, não conheço ninguém que viva à grande, e não vejo os Portugueses a "viver à grande". Vejo a maior parte dos Portugueses a viver com dificuldades e a ter de recorrer à eterna solução da emigração para ter uma vida melhor. Por outro lado, nunca desviei milhões do BPN, não abri buracos na Madeira, não tenho chauffeur, nem carros de grande cilindrada (nem pequena!) e não usufruo de nenhumas prebendas. Nunca recebi um único subsídio do Estado para exercer a minha actividade, dependo exclusivamente do trabalho que tenho (ou não tenho!), não tenho subsídios de Natal nem férias (aliás, não tenho férias!) só pago, alimento o "monstro" e agora, como paga, vou pagar mais.
"Falar mal e opinar é o mais fácil". Está enganada!
Pergunta o que eu sugiro (subentendendo-se nesse comentário aquela teoria da treta da "falta de alternativa"...) Pois eu sugiro que esta corja de bandidos de estrada que ocupa o poder em Portugal seja imediatamente corrida!! Sugiro insurreição!!! Sugiro ferro e fogo!!!!!!!!!! Sugiro castigo implacável!!!
Castigo, ferro, fogo!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E você?

Rini Luyks disse...

Amanhã é dia 15 de Outubro, dia mundial para mandar todos estes políticos com promessas pre-eleitorais a bugiar, este sistema tem de entrar em colapso, a única solução...

Carlos A. Augusto disse...

Até o Expresso mostra a sua indignação...

Carlos A. Augusto disse...

Daniel Oliveira
"Depois de anunciar um corte três vezes superior ao exigido pela troika no Ministério da Educação o governo publicou na quarta-feira, em Diário da República, o aumento em mais de cinco mil euros por turma (85 mil em vez de 80 mil) do financiamento aos colégios privados com contrato de associação. E facilitou as condições de acesso a esse financiamento."

Rui Mota disse...

Somos, de há dezenas de anos a esta parte, governados por uma corja: a corja do bloco central de interesses que, rotativamente, tem sido governo: o PS e o PSD.
Não há inocentes nesta história de governantes incompetentes.
É por isso, urgente, continuar a denunciar esta classe dirigente e exigir uma auditoria à dívida, pois nem todos os portugueses são culpados do buraco financeiro em que nos encontramos.
Auditoria à dívida, processos judiciais contra os seus responsáveis e renegociação da dívida nos seus prazos e juros, são exigências mínimas!

Carlos A. Augusto disse...

Já agora, leia-se aqui e aqui dois artigos sobre o tema de autoria de Manuel António Pina.