2012/06/04

O dealer

Ao distribuir estas doses cavalares de morfina entorpecente, como hoje mais uma vez, o ministro Gaspar pensa que a droga vai ficar a "bater" e que todos nos vamos esquecer do essencial. Mas, não, está enganado. Não nos vamos, nunca poder esquecer que todas as reformas, todos os "ajustamentos", servem apenas para garantir duas coisas. Em primeiro lugar, que os privilegiados deste país mantenham os privilégios, mesmo que estes sejam totalmente obscenos, ilegítimos ou desproporcionados. Em segundo lugar, que continua a ser aos mesmos que é pedida a sustentação desses privilégios, mesmo que o façam à custa dos seus próprios, legítimos, pequenos e bastas vezes duramente conquistados, privilégios.
Não há droga que nos faça esquecer isto e não há droga que nos faça esquecer a única solução possível para resolver esta situação de forma "sistémica"...

2 comentários:

Rui Mota disse...

Já não há parrocha para ouvir estes vendilhões do templo. Enquanto o soporífero Gaspar embalava os jornalistas do sistema, passava em roda-pé mais uma notícia negativa: ao contrário do anunciado, a percentagem do PIB está em 118% do PIB e não 115% como queria o governo!
Ardilosa, foi a resposta do Gaspar, à pergunta da Maria João Avillez sobre o ordenado pornográfico do Borges da Goldman Sachs, que pediu redução dos salários aos portugueses, mas não a redução do dele.
Gaspar: O governo quer bons salários, mas esta é a "única" receita para obtê-los: contenção e austeridade...o Milton Friedman não diria melhor!

Rui Mota disse...

errata: pachorra