Se o desemprego é o patrão
Tens que te defender, mas como?
Tens que todo o Estado
De baixo a cima revolver...
Os números do desemprego (o real, o "estatístico" e o projectado) vão desabando em cima de nós, como se estivéssemos a ser vítimas de um terramoto em fúria máxima e réplica permanente, como se pontes, estradas e edifícios nos estivessem desabando em cima, soterrando-nos, como se a destruição e a ruína nos cercassem e outra coisa não pudéssemos esperar que não fosse mais réplicas, mais desabamentos, mais destruição e mais ruína.
Reparamos (reparámos há muito) que a "Protecção Civil" anda entretida. Entretida a aparar relvas e a manter os livros de contas a bater certo, totalmente indiferente a toda esta destruição e ruína, de olhos fechados para os sulcos profundos que se abrem na crosta da Terra, para os tsunamis que se vão gerando e para as vítimas que estão a ser engolidas por esta convulsão medonha.
O cataclismo é real, a metáfora poderá pecar por defeito.
"Tens de todo o Estado de baixo a cima revolver...." dizia Brecht. De que será que as vítimas desta "Protecção Civil" estarão à espera para revolver?
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