Na Holanda (e no Reino Unido) realizaram-se, ontem, as Eleições Europeias.
Ainda que os resultados oficiais não sejam conhecidos, as sondagens à boca das urnas apontam para uma perda significativa dos partidos do governo em ambos os países. Curiosamente, enquanto na Holanda, o PVV (extrema-direita), perde influência; em Inglaterra, o UKIP (anti-europeu), deve ser o mais votado. Crescem, igualmente, os partidos minoritários, desde o SP (Socialistas Radicais) e D'66 (Liberais) na Holanda aos "Verdes", no Reino Unido.
Preocupante, é a percentagem de abstenção que, só na Holanda, atingiu os 63%...
Ou seja, nem todas as más previsões (crescimento do partido xenófobo holandês) se concretizaram, mas a desilusão, com esta Europa, parece ser crescente.
Resta aguardar pelas votações nos restantes países, para podermos extrair conclusões mais definitivas. Em Portugal, após duas semanas onde se discutiu tudo, menos a União Europeia, não são de esperar grandes surpresas. Os dados estão lançados e toda a gente já percebeu a tendência do voto: a coligação governamental vai perder e a oposição vai ganhar, mas não é seguro que a situação se altere: a coligação governamental não se demitirá e o presidente da república não demitirá o governo. Porque a oposição não dá mostras de unidade na acção, a situação manter-se-á nos próximos quinze meses. Lamentável, até porque, mais um ano deste governo, será um mais ano de austeridade e sacrifícios para a população portuguesa. Depois, não se queixem...
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