2007/10/18

Do Referendo

Estatísticas: Desde a adesão de Portugal à Comunidade Europeia, em 1985, nunca os portugueses puderam pronunciar-se sobre qualquer das grandes decisões da União: nem em 1986 (Lisboa), nem em 1992 (Maastricht), nem em 1997 (Amsterdão), nem em 1998 (Adesão ao Euro), nem em 2005 (Nice), nem em 2007 (Lisboa). O denominado "Tratado Reformador" é, na opinião do primeiro-ministro português, um dos momentos mais importantes deste percurso europeu. Se é assim tão importante, porque é que o Tratado não pode ser referendado?

10 comentários:

Anónimo disse...

Para quê? Com tanto referendo, ainda o Scolari se vai embora e, depois, é que são elas...ficamos entregues ao Sócrates e ao Menezes, e não vejo nenhum deles a apostar no Makukula!

Carlos A. Augusto disse...

Aqui para nós: tu achas que os portugueses se interessam verdadeiramente por estas questões? E que o governo, para além das facilidades na governação que tudo isto pode proporcionar, está interessado em promover um esclarecimento honesto sobre tudo isto? Ou que as oposições, para além do mero efeito imediato que isto possa ter de desgaste do actual governo, estará também interessada em promover um debate sério sobre esta matéria?

Rui Mota disse...

A pergunta deve ser: será que os portugueses se interessam por alguma coisa, para além do futebol?

Carlos A. Augusto disse...

Eu também me interesso por futebol e isso não me impede de colocar as coisas em perspectiva.
Mais: os políticos também se interessam por futebol! É ver a atenção que eles prestam ao fenómeno e a utilização que dele fazem para proveito próprio...
O que nos leva à tua pergunta: os portugueses, na realidade, interessam-se tanto por futebol como por tudo o resto. Ou seja: tudo lhes é no fundo indiferente! Tudo em Portugal é feito "nas bordas" ou é "interrupto"...
O que dá imenso jeito aos políticos e lhes confere ampla margem de manobra... Em matéria de futebol, como no resto.
Me thinks...

Rui Mota disse...

O aparente alheamento dos "portugueses" pela coisa política tem várias origens, como sabemos. Por um lado, o modelo de "ignorância sustentada" que os sucessivos governantes vão mantendo; por outro, as condições precárias em que a maior parte da população continua a viver e que os impede de ver além das suas necessidades primárias. O futebol funciona como escape.
E, no entanto, estiveram mais de 180.000 pessoas a manifestarem-se no Parque das Nações, contra a política actual. Porque será?
Acresce que a "questão europeia" não mobiliza a maior parte dos cidadãos europeus, como sabemos. No entanto, isso não é impeditivo que os governos desses paísese defendam os seus interesses (veja-se a posição da Polónia, da Itália, da Áustria ou de Inglaterra em Lisboa). E o que é que defendeu o governo português? Nada, a não ser anunciar a vinda de mais uns milhões de contos de subsídios e o facto do Tratado ter sido assinado em Lisboa. No fim, bebeu-se "champagne" francês que não temos cá vinho do Porto...´
É este parolismo nacional que explica a soberba (e o medo) de referendar um Tratado que os seus ideólogos querem ver aprovado a qualquer preço, ignorando a opinião dos cidadãos, mesmo quando essa opinião possa favorecer a sua estratégia...

Carlos A. Augusto disse...

É triste, é!
Mas a solução está sempre em nós.
Essa de brindar com champagne só em Portugal, claro. Espero que tenha sido ao menos Raposeira...

Anónimo disse...

Tá bem. Estou de acordo. Mas, e o Makukula?

Carlos A. Augusto disse...

Não sei qual é a opinião do Makukula sobre este assunto...

Anónimo disse...

Bom, acho que a opinião do Makukula não interessa para aqui. Deixem lá o rapaz em paz, porra!
Tanta porcaria que para aí há (os Jardins, os Scolaris, os gajos da politica, o Veiga, o Emidio Rangel, o gajo do PNR, o BCP, a OPUS e tantos e tantos outros) e vocês a marrarem com o Makukula! Ele até fez um bom jogo, caramba.

Rui Mota disse...

Tanto quanto percebi, o Makukula sabe cantar o hino. Já o mesmo não se pode dizer do Deco...