2011/06/30

A indignação da esquerda mole

O novo governo foi hoje ao Parlamento apresentar o seu programa. Para que não haja dúvidas, entrou logo a matar: uma redução extra de 50% em todos os subsídios de Natal (vulgo 13º mês) acima dos 485 euros. A justificação para este corte, que não estava previsto no programa governamental, deve-se alegadamente à "derrapagem" das contas públicas, que revelam uma diferença de 2% entre as projecções do anterior governo e os números actuais.
Nada que surpreenda, habituados como estamos à mentira compulsiva dos governantes portugueses. Interessante mesmo, foi ver a "indignação" na bancada do PS, o partido do governo que, supostamente, teria as contas em dia. A indignação dos candidatos à presidência do partido, não deixou dúvidas: o PS não apoiará medidas para além daquelas anunciadas no Memorando. Uns "castiços", estes oposicionistas indignados. Mas, então ninguém sabia que havia mais gastos (ou menos receitas) do que o previsto?
Como perguntava um deputado esta tarde no hemiciclo: para onde foi o dinheiro, sr. primeiro-ministro? Confesso que também gostava de saber...

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