2011/08/01

Negócios colossais

Ver Mira Amaral na Televisão justificar a compra do BPN pela ridicula quantia de 40 milhões de euros (quando a maior oferta era de 100 milhões) com o argumento de que aquele era o preço justo no mercado, é demasiado ofensivo para ser levado a sério.
Imaginem só: o banco que foi alvo da maior fraude financeira da história da banca portuguesa, e que custou até agora ao erário público 2.400 milhões de euros, vai despedir 750 dos 1500 funcionários e o governo ainda terá de assegurar 550 milhões para o recapitalizar, antes de entregá-lo ao BIC. A "cereja em cima do bolo" - no caso do banco ter um lucro de 80 milhões no futuro - vai ser a devolução de parte deste valor ao estado (quando?).
Principais accionistas neste negócio leonino: a filha do cleptócrata Eduardo Santos (Angola) e Américo Amorim (o homem mais rico de Portugal), que já detêm o BIC, no qual Amaral exerce a função de administrador principal.
Não é de admirar que o ministro das finanças só encontre "desvios" nas contas do estado. Faltam-me adjectivos para classificar tal negócio. Talvez colossal?

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