2012/04/11

Ar do tempo

Meio-dia. Toca o telefone.
"Bom dia senhor Rui Mota. O meu nome é...da Optimus".
"Bom-dia"
"Bem disposto sr. Rui Mota?"
"Nem por isso"
"Porquê Sr. Rui Mota?"
"Estaria mais bem disposto, se o Gaspar não me cortasse na reforma"
"Pois é, Sr. Rui Mota. Compreendo-o. Diga-me Sr. Rui Mota, quem gostaria de ver como ministro das finanças?".
"Não tenho nomes. Eu voto em políticas, não voto em pessoas".
"Muito bem, Sr. Rui Mota. E que políticas é que preferia?"
"Outras que não estas. Onde se falasse verdade e houvesse mais justiça social".
"Também eu Sr. Rui Mota".
"Está a ver...".
"Olhe Sr. Rui Mota, eu penso que não é só o Gaspar. Os outros ministros também não valem nada. Ele é o Coelho, o ministro da Economia, de quem não me lembro o nome... Nem sequer se entendem entre eles, quanto mais..."
"É isso que eu penso".
"Digo-lhe mais, isto já não é uma democracia, é uma debitocracia".
"Isso. Ou uma dividocracia".
"Debitocracia, dividocracia, o que é isso interessa?"
"Pois é..."
"Eu também estou aqui, porque preciso, senão mandava-os bugiar..."
"Mas, afinal diga lá, o que é que você quer?"
"Eu vendo telefones, Sr. Rui Mota".
"Mas, eu já tenho um contrato com outra operadora e agora não vou desistir..."
"Compreendo, Sr. Rui Mota. Desculpe estar a incomodá-lo".
"Não faz mal, mande sempre".
"Obrigado Sr. Rui Mota. Gostei desta conversinha. Avante, camarada!".

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