2012/10/20

Arqueologia, ideologia ou marketing?


O "Laço Branco" é um filme de Michael Haneke. Uma alegoria, segundo o seu autor, à "origem de qualquer forma de terrorismo, seja ele de natureza política ou religiosa." Jardim Gonçalves, esse símbolo de probidade, essa figura exemplar da sociedade portuguesa, podia ser um personagem deste filme.
Aconselho quem não viu o filme —a quem porventura escapará assim o sentido da metáfora— que o veja urgentemente. Aconselho também, aviso já!, a que se muna previamente de um saco de vómito, desses que se distribuem nos aviões...
O mesmo deverá fazer se ouvir esta entrevista dada por Gonçalves à TSF. Nela o (a)fundador do BCP confessa-se adepto dos partidos, contra os "independentes", partidário da solução do centrão (particularmente interessante é a sua justificação para a participação do PS numa possível coligação de centro... atenção João Galamba, isto fica sem resposta!!?) e da não intervenção do Presidente da República. A entrevista é escuta obrigatória para qualquer patriota que ame verdadeiramente Portugal. É escuta obrigatória também porque permite perceber as causas do presente e os contornos do passado recente do País. Está lá tudo, no que é dito e no que não é dito.
Entendo perfeitamente as ideias do senhor J. Gonçalves. Ele é cristalino. Só não percebo por que raio se foi desenterrar esta múmia...

2 comentários:

Rui Mota disse...

Mas, então, a múmia não era o outro (o do sarcófago de Belém?).

Carlos A. Augusto disse...

Lembrar-te-ás que não há só uma pirâmide em Gizé... E eu aproveito para lembrar, já agora, que a lenda diz que há túneis a ligá-las... Tudo lenda, claro!