2020/07/27

A morte de Bruno Candé Marques


António Silva - Lusa
foto António Silva - Lusa

Infelizmente, Marcelo, oportunista, calou-se em relação a este caso. Teve mais que tempo para se demarcar claramente. Mas não, preferiu o silêncio. 
No capítulo da necrofilia, nestes últimos dias, o PR visitou o túmulo de Amália Rodrigues, lamentou, e bem, a morte de um bombeiro, lamentou, e bem,  a morte de Luís Filipe Costa. Mas calou esta morte. E, contudo, politicamente, esta a mais significativa.
Não interessa quantos filhos o Bruno tinha ou se o alegado assassino tinha 70 ou 80 anos. É um crime sem classificação, seja qual for a sua motivação ou causas. Uma perturbação da ordem pública com consequências perigosíssimas. Depois daquela reacção dos fascistas, devia ter respondido de imediato. 
Também lamento que António Costa se tenha limitado a mandar um segunda linha "repudiar" o acto.
Não consigo encontrar justificação para estas meias tintas. Andam todos a fintar os acontecimentos e os acontecimentos, assim, vão acabar por os fintar a eles e, por arrasto, a todos nós.
Lembro-me da reacção imediata e corajosa de condenação, inequívoca, sem dó nem piedade, de Jacinda Arden, na N. Zelândia, quando aquele assassino cometeu aquela loucura com transmissão directa, via FB. 
Resultou, aliás, disso uma tomada de medidas políticas enérgicas na hora! 
Dir-me-ão: é diferente. Pergunto: é?  Repito: é?!
Não há justificação para este silêncio. Nesta nossa sociedade não podemos tolerar coisas destas, seja qual for o motivo que lhes está na origem. 
O beijoqueiro do Marcelo esqueceu-se disso... Tudo o resto é colaboração.

1 comentário:

Rui Mota disse...

Nem mais. Minimizar este crime, é pactuar com os reais motivos do criminoso, que a não serem condenados de imediato, podem vir a justificar acções semelhantes no futuro e, que está implícito, branquear a questão do racismo na sociedade portuguesa, que ninguém quer admitir (se não somos uma sociedade racista, como pode este crime ser considerado racista?).