2020/07/19

Um Rio poluído


O dr. Rui Rio parecia ser um tipo um pouco menos bronco do que os seus predecessores. Sobretudo pela reacção que teve no início do problema da pandemia. De repente, certamente por causa do calor, perdeu o sentido de Estado, esqueceu as exigências da Democracia e aparece a dizer isto que se pode ouvir aqui
A questão principal nestas declarações é esta: sem uma ideia sequer para o seu País, sem uma única sugestão sobre o modo como aplicar convenientemente os fundos, que ele exige justamente que seja vigiado, é preciso que eles não faltem, nem que se tenha para isso de dobrar a espinha a esses senhoritos do norte, que tresandam a mediocridade, mas tentam disfarçá-la armando-se em grandes senhores. Mas vigiar o quê ó dr. Rio? O que é o que o senhor propõe?
Ah, how I long for yesterday... And I love the smell of troika in the morning!
Mas a verdade é que Rui Rio reconhece, ipso facto, enquanto membro de um importante partido político PORTUGUÊS, candidato à governação do país, não ter uma ideia na cabeça, ao mesmo tempo que demonstra não ter capacidade para corrigir os problemas que aponta. Nestas circunstâncias, prefere abdicar das suas prerrogativas enquanto membro de um partido candidato ao poder a favor de um bárbaro qualquer do norte.
Rio prefere esperar, subserviente, pelo subsídio da Europa. Mas para dar ar sério à opção, que seja com a supervisão dos outros países, não vá a coisa descambar e a malta perder a massa, que tanta falta faz para podermos continuar neste caldo de indigência nacional em que os políticos como Rio e partidos como o PSD gostam de se ir mantendo confinados.
Como iria, é justo perguntar, o País gastar esses fundos, se fosse o PSD a geri-los?
Faz lembrar aqueles que, no futebol, para não perderem as receitas da televisão, mas sem ideia sobre o jogo, sem chispa nem talento e jogando mal, culpam o árbitro pelas derrotas das suas equipas e vêm gritar depois, indignados, a pedir que se usem árbitros estrangeiros.
Um verdadeiro patriota, este Rio. Isto também diz bem do que é o PSD hoje. E abrindo o zoom, ficamos a perceber o que é, à direita, a oposição ao governo com que hoje podemos contar: vendilhões, boçais, amadores, criancinhas insolentes e fascistas. Um rico ramalhete.
Eu cá também acho que o PSD devia ser substituído por um partido da oposição de um país qualquer do norte...

2 comentários:

Rui Mota disse...

Se fosse só ele...todos os partidos portugueses, do arco do poder, sofrem do mesmo mal: subservientes e de chapéu na mão, a pedir batatinhas. Primeiro, o dinheiro e, depois, logo se vê...

Carlos Alberto Augusto disse...

À direita é pior. Porque... é à direita! Ou seja: se nem oposição fazem, se nem uma única ideia demonstram, se nem oposição fazem à esquerda, a não ser isto, não há mesmo nada a esperar. À esquerda é quase o mesmo, mas pelo menos combate-se a direita. A diferença mínima, portanto, entre um nado morto e um nado vivo!