2022/03/24

Por assim dizer...


Como não vejo "noticiários" nos dias que correm, teve que ser mão amiga a chamar-me a atenção para as declarações feitas por este comentarista de nome José Manuel Fernandes, ontem na RTP3 no 18/20. Delas retirei o extracto que pode ser visto e ouvido no vídeo supra. 

Ontem passámos, como tem sido amplamente divulgado, a ter mais tempo de Democracia que de ditadura. Tempo de Democracia que nos  trouxe muita coisa boa, incluindo o facto de as pessoas se poderem revelar livremente, sem medo de represálias.

Mas, no dia preciso em que o relógio da História marcou esta nova era, como que a fazer pouco da data, as declarações desta criatura inqualificável, fazem-nos reflectir sobre este regime em que nos vamos arrastando. 

O 25A trouxe a liberdade de expressão. Um privilégio que, como se pode ver a toda a hora, por todo o lado, dá para tudo. O significado da "liberdade de expressão" ficou patente com a crise da covid e está a ser possível percebê-lo agora, com o conflito na Ucrânia. São, diria, exemplos clros e inequívocos, mas é possível perceber isso noutros aspectos da nossa vida social, até na mais inocente conversa de café. Através do entendimento que cada um tem da "liberdade de expressão" é possível concluir o que aquele ou aquela que se exprime, entende por liberdade.

O que a criatura do vídeo revela, através do seu exercício da "liberdade de expressão," é mais, ou, pelo menos, tão grave quanto a privação dessa liberdade… E os exemplos mutiplicam-se, desde o mais notório órgão de comunicação, até ao mais banal mural de facebook, passando, como acima referi, por uma banal conversa de café. Só é preciso estar atento. 

Mas com tanta "liberdade de expressão," os desatentos, por mais notórios ou anónimos que sejam, por mais ou menos ingénuos que se revelem, transformaram-se, verdadeiramente, no mal maior. O que os leva a, por assim dizer, serem os carrascos do regime que lhes concede o exercício impune dos seus privilégios.

5 comentários:

rui mota disse...

Conheço o "homem" de longa data. Um ressabiado do PREC, que aderiu às ideias liberais da ultra-direita há muitas décadas. Ainda estou à espera que se retrate, por ter defendido a invasão americana do Iraque, com o argumento que existiriam armas de destruição maciça naquele país (!?). Um idiota útil. Que é homofóbico, não sabia. Ninguém é perfeito.

Carlos A. Augusto disse...

Infelizmente, não é o único. E a "sociedade civil" não está melhor, essa é que é a questão principal. Estes gajos falam assim porque sabem que têm audiência...

Fernando disse...

Sibilino e ressabiado, esse editor (ou lá o que é) do Observador usa as liberdades para angelicamente revelar o que se vê... O que ganhou o Mundo com isto? E ele? E não há quem lhe esfregue um pano enxarcado na fronha!

Fernando disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Acácio ME Maia Carreira disse...

Também conheço muito bem esse menino desde o PREC, meus amigos não só a guerra do Iraque, há muito mais para se retratar, mas não vai fazer, isso é certo, está na sua natureza..., nem na anunciada noticia morte do arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, quando estava bem vivo, a pressa de avançar sem fazer o contraditória, é uma das suas marcas...