Ainda não foi desta que os Estados Unidos - e o Mundo, por extensão - ficaram a saber quem será o candidato democrata nas próximas eleições americanas. Já no campo republicano, McCain limitou-se a cumprir calendário e a aumentar a sua confortável vantagem, sendo hoje o candidato oficial dos conservadores.
Numa noite de "tudo ou nada" para Hillary, a candidata ganhou dois estados determinantes (Texas e Ohio) e ainda arrecadou uma vitória em Rhode Island. Para Obama, restou Vermont, o estado "mais progressista" do mapa eleitoral americano.
Independentemente do resultado final, lá mais para o Verão, os sinais transmitidos nesta corrida de resistência democrata, confirmaram as tendências conhecidas: mais mulheres, latinos e trabalhadores de "colarinho azul" a votarem em Hillary; mais jovens, negros e classe média/alta, a votarem em Obama. Já em número de nomeações, a vantagem continua a pertencer ao candidato negro, que esta madrugada detinha 1477 lugares contra 1391 da rival. Tudo em aberto, pois.
Resta a questão principal: numa campanha marcada por "jobs, war and taxes" (empregos, guerra e impostos) qual será o candidato melhor apetrechado para debelar a crise americana? A ambiciosa, inteligente, realista e "experiente" Clinton, ou o ambicioso, inteligente, idealista e "inexperiente" Obama?
A avaliar pelos ataques pessoais dos últimos dias, a campanha só pode subir de tom. Não é, de resto, de excluír novas acusações, com vista a destabilizar o adversário. Até ao momento, o "clã" Clinton mostrou ter mais experiência nas "peixeiradas". Não é de todo improvável que resultem. Em Abril, saberemos.
13 comentários:
O Obama também deve ter uns truques na manga no que respeita a "peixeiradas". Mas, percebe-se que resiste à tentação de explorar muito essa técnica, que pode de facto revelar-se perigosa.
Eu sei que este post não é sobre o que vou comentar. Mas pronto, não encontrei sitio melhor para o fazer, e como o Rui Mota é professor (espero que vá à manifestação no Sábado, ou não? Cheira-me a que é mais pró não...ir), não resisto:
ontem, naquele programa abaixo de cão da SIC (o C. Augusto não tem televisão, mas SIC é um canal privado e abaixo de cão quer dizer merdoso)o tal J M Júdice (de quem já aqui falei, para desgosto do C. Augusto), agora renascido como homem de "esquerda", democrata e palpiteiro moral da nação e tudo, disse apenas "isto", sobre os professores (professores, na generalidade, professores do ensino público, note-se):
"ao ver aquela gente, aquelas caras e aqueles modos, nunca quererei entregar os meus filhos, e agora netos, a essa gente..." (sic de SIC). Enfim, isto não tem qualquer importância, sobretudo comparado com o que disse um qualquer padreco, não é C. Augusto? Por muitas roupagens que se vistam, por muitos mandatários de António Costa que sejam, os fascistas são sempre fascistas!
De facto, o "post" é sobre as eleições americanas.
Os comentários do Júdice valem o que valem, até porque nunca foi personagem das minhas fixações. Lamento informá-lo, mas não sou professor, o que também não ajuda.
Está bem. Sinceramente, pensava que era professor, por três coisas:1. a forma professoral (não leve a mal, é no bom sentido) como escreve (e bem), está muito próxima daquela profissão;
2. nunca comentou aqui qualquer assunto relacionado com educação ou com a desgraçada ministra da mesma;
3. Rui Mota é nome de professor. Repare, prof. Rui Mota soa bem; já eng. Rui Mota ou sr. Rui Mota não cai bem, sei lá...
Bom, mas se você o diz, só me resta acreditar, apesar do vosso blogue e de vocês serem sempre uma espécie de coisa nenhuma: não tem televisão (o C. Augusto), você não é professor, o Alexandre Monteiro não existe, o Júdice não vos diz respeito nem aquilo que ele diz, a rodrigues muito menos, o sócrates já foi mais, e por aí fora. Continuo na minha, se é para comentar apenas histórias do tipo da do padreco, para quê este blogue?
Repare que até você é uma espécie de coisa nenhuma! iFigueiredo?! Deve ser por isso, por afinal sentir afinidades, que, volta não volta, você volta...
Bom, já faltava o pequeno insulto por pequenas coisas. Provavelmente, também serei "uma espécie de coisa nenhuma", mas não me furto à discussão e ao diálogo, e sobretudo não uso argumentos idiotas do tipo "não tenho televisão" ou "os comentários do Júdice valem o que valem, até porque nunca foi personagem das minhas fixações". Fixações? Então já percebi, aqui vocês só comentam "personagens das vossas fixações". Pelos vistos, o padreco é uma das vossas fixações, e a Benavente, e a Ana Gomes, e a Clinton, e o Marcelo, e o Alegre, e o Emanuel Nunes. O Júdice é que não. Nem a rodrigues. Estranho blogue este, em que apenas se comentam as fixações dos seus autores. Bem, estão nesse direito, como é óbvio.
Já o mesmo não direi ao incómodo que provocam, sobretudo ao Carlos Augusto, as minhas esporádicas passagens por aqui. Mas isto é um blogue porra, e um blogue é para isto mesmo. Ou isto também já não é um blogue? Ou então, privatizem-no: arranjem uma empresa privada para fazer o controlo de comentários e despeçam os comentadores que não gostam ou que têm fixações diferentes. Façam como o Sócrates. Aprendam, rapazes, aprendam, que ele não durará sempre!
A mim não me incomoda nada, está enganado. O meu amigo volte sempre caramba!
O que eu quero dizer com "você é uma espécie de coisa nenhuma" é isso mesmo: não lhe conhecemos o nome. Sabe que quando chamámos a isto "face oculta" não era propriamente para levar à letra...
De resto, temos todos um BI válido.
Ó Carlos Augusto, francamente estava convencido que já me tinha identificado. Aqui vai:
IVO SANTOS FIGUEIREDO, 58 anos, moro em Carcavelos, o telemóvel é o 916494487. Absoluto livre-pensador, sou de esquerda (da tradicional, ideológica e tudo) desde sempre, sem qualquer apetência ou ligação partidária. Sou do Benfica, mas não gosto de ninguém por lá, actualmente (jogadores, dirigentes, treinadores). Do ponto de vista filosófico, sou pré-socrático, tenho pathos ao olhar para Portugal. Como já reparou, não gosto do Júdice, da rodrigues, do meu vizinho do 3º Esq., da TVI e da SIC e da mãe dos irmãos portas.
Um abraço
Não tinha identificado, não. Mas estarei a cometer aqui alguma falha imperdoável ao não ter identificado...?
Como? Desculpe, mas agora não percebi...
A minha duvida é simples: temos a mesma idade, partilhamos a tendencia pre-socratica (eu sou mesmo por Empedocles, Pitagoras, etc!) e até ha 6 meses morei em Carcavelos (onde vivi 34 anos). Pergunto-me se a gente afinal não se conhece e se eu não estarei para aqui a cometer uma falha imperdoável ao não o reconhecer... (estou mesmo a falar a sério!)
Há algumas semanas escreveu um belo post sobre o magnifico espectáculo de Ricardo Pais a partir de textos de Pessoa, se bem se lembra. Tal como você, também estive na estreia e partilhámos o prazer por tão sublime momento. A esse propósito, escrevi depois dois comentários. Mas não, não o conheço, de facto. A minha vida em Carcavelos é passada essencialmente em casa (donde vejo o mar), ali vivo há apenas 6 anos e todo o meu circulo de amigos, os meus filhos e os meus companheiros de resistência vivem em Lisboa, onde vivi sempre e onde mantenho uma pequena casa.
Carcavelos é mais para ler, escrever, pensar, tocar e ouvir música.
Lisboa é e continuará a ser a minha cidade.
Pronto está então explicado. Obrigado pelas visitas.
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