2012/07/15

Revalidar a carta

Enquanto Portas, lá longe, diz a Passos Coelho, publicamente, que os dirigentes do Estado não se devem envolver em polémicas públicas e Passos reitera apoio a Relvas, o líder da JSD revela que Relvas aconselhou os jovens social-democratas a não cometerem o erro por ele cometido em relação à licenciatura. Estudem primeiro e metam-se na política depois, terá sugerido o homem forte de Coelho. Mais diz Duarte Marques (assim se chama o jovem líder dos jovens social-demcratas): se houvesse ilegalidade seria ele o primeiro a pedir a demissão de Relvas.
Há público e público, há apoio e apoio, há erro mas não há ilegalidade.
Errar é humano, está visto; apoiar é preciso; não há ilegalidades, está provado; continuamos perante um não assunto, ponto final.
Mas, terá pensado o jovem líder dos jovens social-democratas, num momento de vago cruzamento com a realidade, se ainda assim subsitstem dúvidas sobre a origem do erro de Relvas e se a legitimidade de um curso feito pelo método da liofilização ainda suscitar alguma perplexidade a alguém, interrogue-se...  Mariano Gago. Só ele poderá, parece querer dizer o jovem Duarte, clarificar os objectivos da lei que conduziu a tão "insólito" e tardio desfecho para a vida académica de Relvas. É ele que detém a chave da explicação do erro de Relvas.
É este o óleo "político-ético-ideológico" que foi derramado na curva apertada em que o País circula neste momento. E é este o tipo de condutores que vai a conduzir o veículo.

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