A reunião de S. Bento, entre os líderes dos partidos responsáveis pelo estado a que isto tudo chegou, trouxe - como era previsível - mais do mesmo: uma mão cheia de nada.
Não foram anunciadas quaisquer medidas de fundo, destinadas a conter o actual descalabro financeiro em que se encontra o país; não foi anunciada qualquer redução nas despesas com as obras faraónicas anunciadas; não foi pedida qualquer contenção salarial a administradores do estado, políticos no activo ou funcionários com mordomias acima de qualquer relação com a realidade; não foram anunciadas quaisquer tributações fiscais especiais aos bancos, especuladores ou capitais colocados em "off-shores".
Ao contrário, as únicas medidas explicitamente anunciadas, foram as reduções nas prestações sociais. A partir de agora, quem estiver desempregado, não poderá receber mais do que 75% do último salário líquido recebido. Para não se habituar a estar desempregado, dizem-nos...
Por alguma razão, o "pai da democracia" já veio apadrinhar este acordo do bloco central de interesses e a reafirmar o seu apreço pelo líder da oposição "que é suficientemente inteligente para não querer agora o poder, mas que soube compreender o difícil momento que atravessa a nação".
Uns queridos, estes "padrinhos".
2 comentários:
E nesta altura de "aperto" lá temos mais uma autoestrada cuja construção vai ser liderada pel Mota-Engil. "O maior e mais caro empreendimento rodoviário", segundo o Público...
Eu por mim voto num governo de iniciativa presidencial liderado pelo Mourinho. Ponto final.
Qualquer projecto liderado pelo Mourinho tem, de certeza, mais possibilidade de sucesso. Isso é indiscutível...
Enviar um comentário