Nobre, Coelho... a generosidade de Soares é maior que a do Banco Alimentar! Há tempo foi o "apoio" dado à candidatura de Fernando Nobre. Deu-lhe a mão e, depois dele lhe ter feito o frete, largou-o aos bichos. Agora é Passos Coelho. O jovem líder do PSD vai aprender em breve o significado da palavra descartável e vai aprender outra coisa importante: nem tem tempo para cometer erros.
Mário Soares continua a conspirar e a manobrar para manter este regime defeituoso e ineficaz, que já foi por três vezes à glória e de que ele, with a little help from his friends, é um dos grandes obreiros.
Não parece, mas a influência desta malta continua grande. Já era tempo destes senadores (Soares, Almeida Santos e outras figuras desta nossa pardacenta democracia), que nos deixaram de tanga, largarem a toga e desaparecerem de cena.
O país continua nesta, a precisar de estar noutra, mas esta malta não "deslarga".
6 comentários:
"O país continua nesta, a precisar de estar noutra, mas esta malta não "deslarga"."
E nós, agora e sempre, sem capacidade de reacção. Por onde anda o exercício de cidadania?
Abraço
São duas questões diferentes.
O exercício da cidadania é o exercício necessário e prioritário, sem dúvida. Tudo o que se fizer e tudo aquilo que pudermos fazer para contribuir para esse exercício é pouco.
Mas, temos de nos ver livres dos bonzos da democracia portuguesa. Lugar à malta nova! Estes tipos já enjoam.
Mas uma coisa implica a outra. Ou não?!
Abraço
A política dos "senadores" é como a estratégia da aranha: primeiro tecem a teia e depois enredam a vítima nela. Não estamos a falar de princípios ou ideologias, mas da manutenção do poder. Do "sistema". Se não puder ser com o PS, faz-se com o PSD ou em conjunto. Por isso, Soares apoia Passos, pois já percebeu para que lado sopra o vento. A velha raposa tem mais faro político do que os "jovens turcos".
Quem quiser perceber o carácter destas sinistras figuras, deve ler o livro maldito de Rui Mateus: "Contos Proibidos: memórias de um PS desconhecido", Ed. D. Quixote (1996). O livro está esgotadíssimo, mas a "Leya", que comprou os direitos, nunca quis fazer uma segunda edição, com o argumento que não era actual. Os interessados podem fazer "download" da obra, indo ao Google e procurando em Rui Mateus. Aprende-se muito. Percebe-se tudo.
AC: sem dúvida! E o problema é mesmo esse.
Creio que entre nós há a tendência para esquecer justamente isso. Se estamos muito empenhados em desenvolver a democracia esquecemo-nos de quem impediu ou mesmo boicotou esse exercício, e deixamo-lo à solta, prontos para destruir o que tentámos construir. Veja-se, em planos de responsabilidade diferente, o que se passou por exemplo com os agentes da PIDE depois do 25 de Abril (saiu hoje um artigo muito interessante no Y que aborda também este tema, a propósito do filme "48" de Susana Sosa Dias) ou com as "famílias" que dominavam a economia portuguesa até à Revolução.
Por outro lado, se andamos à caça de culpados esquecemo-nos de fortalecer a democracia e não resistimos ao mero exercício da vendetta, muitas vezes inútil ou injusta.
Tem toda a razão: as duas coisas vão em conjunto!
Uma entrevista de Mário Soares...
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